DAS ORIGENS ATÉ O FIM

DE ONDE VIM? PARA QUE VIM? PARA ONDE VOU?

Volta e meia retornam à baila as três mais significativas formulações já feitas pelo homem em todos os tempos:

QUAL é a minha verdadeira origem?

QUAL é a finalidade da minha existência aqui neste planeta?

QUAL é ou será o meu destino?

"Então direi à minha alma: tens em depósito muitos bens para muitos anos: descansa, come, bebe, e relala-te”.

Lucas 12:19

Muitos “ismos” permeiam hoje a vida do homem contemporâneo, desde o relativismo que o conduz ao individualismo, ao consumismo, ao pragmatismo e ao niilismo, até o imperialismo em que cada um é dono de si mesmo - de forma egocêntrica - de seu próprio destino, de seu próprio nariz, sem ter que dar satisfação a ninguém, ainda que perdido no emaranhado da elocubrações de pensamentos desatrelados de um porto seguro. Tudo isso, diga-se de passagem, vivenciando o mundo atual cujos valores éticos e morais estão assentados sob pontos de vista particulares, porque domiciliados no terreno da subjetividade.

Curiosamente, o relativismo dos nossos dias não deixa de ser uma forma de expressar o absoluto, tão desprezado ou ignorado pela razão na modernidade. Hoje não há nada certo e não há nada errado, tudo fica na estrita dependência da auto-consciência de cada um; na prática, inexistindo uma interpretação plausível entre a realidade e o imaginário, instala-se assim na vidraça do espírito humano noções como que embasadas que o levam à confusão, em outra palavra, ao caos.

Diante desse cenário o nosso tempo chamado contemporâneo ou tempo da pós-modernidade poderia ser plenamente admitido como o tempo ou a idade da desilusão, uma vez que nem os mitos transmitidos pelos aedos como Hesíodo e Homero em suas caminhadas medievais nem a moderna razão a partir de Descartes – conhecido como o pai da modernidade, foi ou foram capazes de preencher o vazio ou os maiores anseios da interioridade humana.

Retornar ao princípio de todos os princípios, certamente foi para muitos e ainda tem sido a única saída, o único caminho, a única solução, entretanto, cada vez mais é sumamente difícil voltar-se completamente para esse princípio sem abraçar ou pelo menos ajustar-se aos modismos do homem hodierno, o qual sob a égide do relativismo tem pautado a sua conduta por um crescente pragmatismo, o qual, no seu individualismo explícito e crescente, busca avidamente e em primeiro plano as benesses do sucesso, ou da fama além da comodidade e do prazer.

Enquanto isso, a alma não desiste de aspirar por reflexões mais profundas, e se tais reflexões ainda existem, como aprofundá-las se para elas não há mais tempo, não há mais espaço? O mundo tornou-se efetivamente uma aldeia global em que tudo, mesmo qualquer coisa, está num fechar e abrir d”olhos ao nosso alcance, e em frações de segundos tudo se resolve.

Destarte, mergulhado nesse imbróglio passamos a questionar com os nossos próprios botões e olhamos para o mais alto dos montes - até ouvir o próprio eco da divina voz altissonante:

“LOUCO! Esta noite te pedirão a tua alma...

e, O que tens preparado, para quem será"?

Lucas 12:13-21

“Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de TODO o vosso CORAÇÃO”

Jeremias 29:13

Cabedelo, PB – 25/07/2010

Gilberto Maia Lorenzo.

Gilberto Maia Lorenzo
Enviado por Gilberto Maia Lorenzo em 25/07/2010
Código do texto: T2398681
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