Montanha russa
A beleza da vida intensifica-se por sua não linearidade - esse caminho reto onde tudo é previsível, com começo, meio e fim – Embora não gostemos de admitir, filosoficamente, são as perdas e ganhos que nos impulsionam e nos movem para novos desafios. Porque nem sempre o clímax, desfechados com o suspense e expectativa através do esclarecimento dos fatos que o antecederam, nos satisfaz com um final feliz. Saber conviver com os altos e baixos do nosso dia a dia são os segredos da nossa vida.
A consciência da não linearidade da vida é sadia, engrandece o espírito, nos permiti visões e preparos de humildade, de sabedoria, de entendimento, e se acaso, chegarmos a atingir o topo, nas infinitas possibilidades, diante de expectativas individuais, e a brisa que tocou o rosto suavemente por determinado tempo for interrompida, estaremos preparados para quedas bruscas, enfrentando como normais, diante do aperfeiçoamento aos quais praticamos sabedores de que nada é para sempre.
Não é surpresa para ninguém e muito menos novidade, o conhecimento de pessoas que ocuparam lugar de destaque, o topo, seja na área profissional, amorosa, estabilidade financeira, etc., e de repente encontram se em posição terrena, arrasados e abalados não admitem, e saem no desespero a galgar novamente o degrau elevado onde supostamente acha que deveria ocupar, mas sem a menor humildade, não percebem que desabou exatamente por falta de conhecimento da linearidade.
A dinâmica desta espiral, onde o sobe e desce da vida é que realmente da sentido ao nosso dia, diferenciando o infinitamente, sem previsões do amanhã. Esta montanha russa que nos causa arrepio e gritos em sua descida. Este gelo na barriga, que nos inquieta quanto ao sucesso, será tanto mais proveitoso quanto mais humilde formos. Conhecedores das causas, efeito e atrito, perceberão que até chegar ao topo, e nele estando, a velocidade foi menor, a humildade o conduziu até chegar, enquanto para aqueles que desconhecem tais valores, a incompreensão não permitirá ver que o efeito foi o atrito, que ele próprio causou para despencar.