PORQUE HOJE É SEGUNDA-FEIRA
Jardim Botânico
Lagoa Rodrigo de Freitas
Manhã de céu azul
Segunda
Dirijo fumando...
... Baseado...
... Nas Bundas...
... Maravilhosamente Cariocas
Cheiro de Bucetas matinais
Buças vira-latas
Não bocetas Lusitanas
Rachas pedalantes
Odores suados e sacanas
Rabos empinados nas bicicletas piscantes
Envolvendo deliciosas vias
Ciclovias
Um tapa no green
Delírios verdinhos tomam conta de mim
Rabeiras insanas correm pintadas no verde sombreado das árvores
Refletem nas águas de Freitas
Gaivotas e garças
O Cristo de braços abertos
Mulheres...
... De pernas...
Pedalam tecidos colados
Cidade Maravilhosa
Redundantes ancas redondas
Cair em tentação
Dai-me todo mal
Amém
Rio de Janeiro
Lascividade cativante
Quero todos os cus tesudos das fêmeas
Seios batem palmas
Servidos decotes
O relógio marca
Trinta e dois graus
Oito horas e cinquenta e sete minutos
Rajada de vento
O sol brilha bocejando preguiça
Tudo que eu gosto
Dou outro tapa no verdinho
Ilegal
Imoral
Não engorda!
Poetizo leve calmaria
“Rosa Rubra...
Radiante Ruptura...
Rebolado Ressonante...
Raridade Regional...”
Sigo pelo túnel Rebouças
Rebuças
Dirigindo e fumando
Estou...
... No Rio...
... Comprido
Poluição
Saudades da Lagoa
...
Chego à Comunidade da Mangueira
Trabalho
Abrindo e fechando processos
Sentado à minha mesa
Sei que nada será como a praia
Pensamentos vagueiam
Uma loira
Outra morena
Aparecem na porta
Abertas
Dois sorrisos
Rostos colados
Douradas
Sinto arrepios
Vontade
A morena...
... É o ouro da Bahia
A loira...
... Faz praia em Niterói
Elas são
Refinadas consortes
Rimas risonhas
Do jeito
Renascentistas
Eu quero
Destrinchá-las...
... Sem fim
Porque hoje é segunda-feira