O desencontro da alma

O que somos neste universo tão mutável? As aparências de coisas que vão e voltam inexplicavelmente. Ao mesmo tempo desordenadas e ordenadas. Ás vezes com palavras, outras vezes sem. Sereno.

Não sabemos aonde vamos, mas temos que ir... Mesmo sem saber para onde. O maior desejo é seguir em frente. A frente poderia ser apenas alguns centímetros do nariz. Ele mesmo. Este que capta odores. Não podemos reclamar. É através dele que trazemos as lembranças que pareciam perdidas. O cheiro do perfume daquela tarde que ficou para traz, assim como aquele momento que parávamos, encantado observando o que nos circula. - agora, está bem presente. Tudo isto nos transporta ao tempo passado, que um dia foi presente. São lembranças únicas de um dia passado que foi futuro e que agora é presente.

O presente que desejamos hoje. É que ele seja o futuro de um encontro bem vivido. Então, o que tanto desejamos? - Sempre ficamos a vagar. Será que somos aventureiros do tempo? O inesperado surge. O fulgor da aurora aparece. Todavia, ninguém diz nada. Se ao menos alguém sussurrar-se algo que desse sentido. Mais não! Somente falam coisas... Nada de novo há.

Nesta corrida absurda, resta-nos procurar algo que elucide esta existência importuna dos desencontros, e idealize a própria acepção do encontro desencontrado.

Autor: José Bezerra

Reescrito

jbez
Enviado por jbez em 22/07/2010
Código do texto: T2393512