GENTILIDADE
Às vezes é bom gostar de ser gente, mesmo sabendo que o fato de gostar ou não não faz a menor diferença para o fato de ser gente. Você não vai deixar de ser gente por não gostar. E naquelas horas em que a vida, com sua admirável imprevisibilidade, abre o chão sob nossos pés e nos vemos fracos inseguros e tristes, nas piores horas da vida... É justamente nessas horas que menos gostamos de ser gente e daríamos tudo para sermos qualquer coisa menos gente.
Contudo, como a vida não faz negócio, o que acontece é o contrário: quanto menos gostamos de ser gente por causa da tristeza e da dor, mais a “gentilidade” se imprime em nós e mais adquirimos a convicção de ser gente e de que isso é foda!
Paradoxalmente, quando estamos gostando de ser gente, nos momentos em que a vida, com sua admirável bondade, enche de estrelas as nossas noites, enche de luas nossos romances, enche de realizações nossos sonhos, de intensidade nossos corpos e nos vemos fortes, felizes e seguros; nos momentos em que agradecemos a todos os deuses por sermos gente em vez de qualquer outra coisa, nessas horas em que mais gostamos de ser gente, também nos tornamos mais convictos de que somos gente e de que isso é muito bom. É “do caralho!” E, por um processo agora regido pela felicidade e pelo prazer, mais a “gentilidade” se imprime em nós e mais nos convencemos de que somos gente inelutavelmente.
Agora, o interessante, o curioso é que tanto a “gentilidade” registrada pela tristeza quanto a produzida pela felicidade, se fizermos uma análise fria, possuem a mesma força. Não nos tornamos mais gente pelo amor ou pelo ódio. Gente é muita coisa ao mesmo tempo. É inevitável sentirmos todas as forças da vida. Se eu pudesse definir gente, seria exatamente isso: gente é a combinação de todas as forças da vida transformadas em pessoa.
Às vezes é bom gostar de ser gente, mesmo sabendo que o fato de gostar ou não não faz a menor diferença para o fato de ser gente. Você não vai deixar de ser gente por não gostar. E naquelas horas em que a vida, com sua admirável imprevisibilidade, abre o chão sob nossos pés e nos vemos fracos inseguros e tristes, nas piores horas da vida... É justamente nessas horas que menos gostamos de ser gente e daríamos tudo para sermos qualquer coisa menos gente.
Contudo, como a vida não faz negócio, o que acontece é o contrário: quanto menos gostamos de ser gente por causa da tristeza e da dor, mais a “gentilidade” se imprime em nós e mais adquirimos a convicção de ser gente e de que isso é foda!
Paradoxalmente, quando estamos gostando de ser gente, nos momentos em que a vida, com sua admirável bondade, enche de estrelas as nossas noites, enche de luas nossos romances, enche de realizações nossos sonhos, de intensidade nossos corpos e nos vemos fortes, felizes e seguros; nos momentos em que agradecemos a todos os deuses por sermos gente em vez de qualquer outra coisa, nessas horas em que mais gostamos de ser gente, também nos tornamos mais convictos de que somos gente e de que isso é muito bom. É “do caralho!” E, por um processo agora regido pela felicidade e pelo prazer, mais a “gentilidade” se imprime em nós e mais nos convencemos de que somos gente inelutavelmente.
Agora, o interessante, o curioso é que tanto a “gentilidade” registrada pela tristeza quanto a produzida pela felicidade, se fizermos uma análise fria, possuem a mesma força. Não nos tornamos mais gente pelo amor ou pelo ódio. Gente é muita coisa ao mesmo tempo. É inevitável sentirmos todas as forças da vida. Se eu pudesse definir gente, seria exatamente isso: gente é a combinação de todas as forças da vida transformadas em pessoa.