PONTO DE TROCA
Não sei se em todas as cidades tem o tradicional “Ponto de Troca”. Local onde as pessoas se reúnem para fazer os mais diversos tipos de negócios. Ali se troca relógio por máquina fotográfica, televisão por bicicleta, canário por beija – flor e por ai vai. Neste tipo de transação sempre há um ganhador e um perdedor. Que às vezes se estranham quando um deles faz um mau negócio.
Aqui na minha cidade o “Troca – troca”, como é chamado o ponto de troca, fica na Praça Antônio do Monte, é uma verdadeira animação principalmente aos domingos.O barulho é infernal cada qual expondo seus objetos de permuta. Um mercado. Faz lembrar até a Índia retratada na crônica de Dante. Tem de tudo.
Na verdade o nome deste texto deveria ser “Troca – troca”, mas eu mudei porque vi no Google que “troca – troca”, é o nome do primeiro site de relacionamento de Gays no Brasil. Nada a ver com este texto, por isso ficou “Ponto de troca”, para não confundir.
Mas eu me lembrei de escrever a respeito deste tema por que vi o aperreio de Giustina, querendo trocar o Rio Grande do Sul pelo nordeste para escapar do frio. E seria um boa pedida se em janeiro tempo em que eu vou para Paris , fosse possível trocar com Maria Olímpia, esta minha blusinha leve de alcinha que estou na foto com o blusão de mangas comprida que ela está na fita, parece que é de lã , bem quentinho.
O chimarrão por cajuína, o sapoti pela pinha, a gaúcha Marta Medeiros pela cearense Raquel de Queiroz ou então o Rubem Alves que é também gaúcho pelo baiano Jorge Amado, são outras sugestões de trocas. Trocas estas sem nenhum ônus para as partes porque, no caso dos escritores, todos são de peso, não há como duvidar. A troca é simplesmente para fazer a permuta, agitar.
E neste afã de troca eu aproveito para colocar mais uma vez em evidencia o meu “Vou te contar”, que pode ser trocado por dinheiro, ou por outro livro de autoria dos recantistas ou de outros autores mesmo, nem precisa ser zero quilometro, aquele que você leu e está guardadinho na sua estante, serve. A Zélia de Natal trocou por dinheiro e o Aristeu pelo livro de autoria dele. Se você tiver interessado é só contatar por e-mail que a gente troca, viu?