UM CAIPIRA EM BARILOCHE

Minha cidade é rica. De um lado temos Monteiro Lobato e de outro, Amácio Mazzaropi que não era taubateano, mas viveu aqui, onde fez grande parte de seus filmes. E captou não só a alma do caipira, como seu modo de falar e até de andar. Como eu me divertia bastante com suas histórias, sempre me lembro dele. Principalmente em situações onde há alguma trapalhada ou em que me sinto fora do contexto.

Hoje, por exemplo, eu estava em São Paulo e fui com meu filho e a norinha tomar o café da manhã num lugar diferente. Uma padaria que não era exatamente uma padaria, parecia mais um supermercado de pães, onde havia doces à venda também. Além disso, no andar superior tinha um espaço cheio de mesas e a um canto o bufê com milhões de coisas: pãezinhos, torradas, queijos, frios, sanduíches, bolos, bolachinhas, omeletes, bacon, salsichas, salada de frutas, chás, café, leite, chocolate, sucos, iogurtes, etc, etc... Até duas enormes terrinas de sopa. Isso tudo foi uma festa, pois adoro café da manhã e me esbaldei. Mas já era quase meio-dia e o que me chamou mais a atenção foi o número de pessoas ali. Gente desocupava uma mesa, outros logo se sentavam e a fila continuava escada abaixo, nunca se acabava.

Ao nosso lado um alegre grupo de rapazes e moças festejava bebendo champanhe.

Sei que esta refeição, mais valiosa do que um bifinho, se chama brunch. Só não imaginava que tivesse tantos adeptos...