A estrutura da CURA.
Sim, uma crônica escrita em versos.
Ela vagou por ruas tortas
A procura de portas abertas
Recebeu incertas guaridas.
Assim viveu a sua vida por um tempo
Até que do vazio sentiu o tormento
Porém, apesar de tudo seguia
Sem horizonte, porto ou guia.
Um dia, como por encanto
Ela se deixou ficar doente
De tão carente - mergulhou fundo:
Providencial reflexão.
De tanto observar as pessoas a sua volta
Com o seu coração fez um trato
Quando sair por aquela porta, tomaria outros rumos
Não tardou ser surpreendida
E surpreender com inexplicável melhora.
E agora? Pra onde ir, o quê fazer?
Foi quando aceitou de bom grado
Ocupar-se de duas senhoras
Que moravam sozinhas e
Cujas vidas lhe tinham o peso de fardo.
Não foi fácil lidar com tanta rigidez
Mas outro milagre se fez à custa de
Tempo, carinho e paciência.
Encontrei-as essa tarde
Na aula de hidroginástica.
Riam com muita vontade
Há quem diga que fizeram plásticas.
E eu aposto que no bem estar encontraram
Cura e resposta para suas angustias.