A estrutura da CURA.

Sim, uma crônica escrita em versos.

Ela vagou por ruas tortas

A procura de portas abertas

Recebeu incertas guaridas.

Assim viveu a sua vida por um tempo

Até que do vazio sentiu o tormento

Porém, apesar de tudo seguia

Sem horizonte, porto ou guia.

Um dia, como por encanto

Ela se deixou ficar doente

De tão carente - mergulhou fundo:

Providencial reflexão.

De tanto observar as pessoas a sua volta

Com o seu coração fez um trato

Quando sair por aquela porta, tomaria outros rumos

Não tardou ser surpreendida

E surpreender com inexplicável melhora.

E agora? Pra onde ir, o quê fazer?

Foi quando aceitou de bom grado

Ocupar-se de duas senhoras

Que moravam sozinhas e

Cujas vidas lhe tinham o peso de fardo.

Não foi fácil lidar com tanta rigidez

Mas outro milagre se fez à custa de

Tempo, carinho e paciência.

Encontrei-as essa tarde

Na aula de hidroginástica.

Riam com muita vontade

Há quem diga que fizeram plásticas.

E eu aposto que no bem estar encontraram

Cura e resposta para suas angustias.

Anita D Cambuim
Enviado por Anita D Cambuim em 17/07/2010
Reeditado em 17/07/2010
Código do texto: T2383163
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