Talho e Pontaço
Quase sempre fico por aí, vagando, com destino incerto. Enlouqueço, escrevo tudo o que meu inconsciente tem a me dizer, anonimamente. Vivo num constante mistério. Coloco alguns pontos, finais e com vírgulas. Reescrevo todos os percalços e elucidações. Por fim, caio na normalidade. Esse meu estado sóbrio deve durar alguns quinze segundos, não mais. Ainda essa minha sobriedade, que é chata e incômoda, me assola quase sempre enquanto durmo, então nem a lembro. Acordo, abro a janela e grito. Alto, forte e num único tom. Fecho as cortinas, bocejo e vou tomar banho.