Acomodados a Guerra urbana!
Estamos em guerra! Guerra civil. E somos meros números nessa imensidão de noticias e estastitícas que todos os dias são divulgadas. Não nos incomoda mais o sangue de nossos semelhantes derramados todos os dias, são apensa números e nada mais.
A vida hoje não passa de um fato, um fato que existe ate que se torne uma tragédia. Como você reage quando ouve uma noticia, ‘’Um ataque terrorista deixou 120 mortos’’ você lamenta pelas pessoas inocentes que morrerão ou realmente sente sua alma entristecer em saber que não são 120 mortos, mas sim 120 sonhos, pessoas, amigos, vidas perdidas. É impressionante como a morte de uma personalidade é noticiada e como a morte de outras milhares sequer são mencionadas. Nos acostumados que pessoas morrem todos os dias, famosos não, então nada mais justo que noticiar o novo, afinal tragédia existe toda hora, o tempo todo!
Estamos acostumados a uma guerra urbana. Essa guerra mata inocentes e culpados, mas preocupar-se porque, afinal esse é o normal em uma guerra. Essa sensação de sair de casa e não saber se volta é tão freqüente aqui quanto em qualquer país em estado de guerra, balas perdidas por aqui são tão comuns como em um campo de batalha. A cada ano que passa esse mundo se torna um lugar mais cruel, em que a morte de inocentes é um fato comum. Essa acomodação com esse estado critico que chegamos só nos faz caminhar a passos largos para uma situação ainda pior, se não reagirmos em busca do cerrar fogo enquanto a tempo, em breve isso será apenas uma utopia. Não devemos nos acomodar com essa guerra urbana, mas reagir.
O estado deve ser ferramenta a disposição da população de bem, e cabe a cada um de nós cobrarmos as ações necessárias para tal.
Quanto mais nos acomodarmos com essa guerra urbana, mais selvagem nos tornamos, mais corruptíveis seremos e escravos daqueles que com armas roubam de nos não só nossas vidas, mas nossa liberdade.
A morte de inocentes não deve ser encarada como mais um fato do cotidiano, a morte de um inocente é e sempre será uma tragédia, o nosso cotidiano deve ser a paz, não podemos mendigar a proteção a qual temos direito, ou lutamos por dias de paz, ou banalizamos de vez a perda de vidas e nos acomodemos com a guerra em que já vivemos.