Analisando essa cadeira hereditária
Durante a última semana, estava acompanhando a publicação do resultado de um estudo feito por uma universidade americana que debatia o confronto entre o conhecimento adquirido nos livros e o obtido na internet.
O jornalista global, Jorge Pontual, divulgara em seu twitter os dados desse estudo e a conclusão dos pesquisadores era que os livros nunca teriam o seu valor minimizado.
É o velho debate: cultura x informação.
Obviamente, os livros nunca poderão ser substituídos pela internet. Porém, analisando esse debate com os parâmetros da nossa sociedade, verificamos que a oferta que nos é proporcionada, hoje, é o livro da Raquel Pacheco (Bruna Surfistinha), O Doce Veneno do Escorpião, ou O Diário de uma ex-BBB, de Fani Pacheco. Enquanto que Geneton Moraes Neto, um ícone do jornalismo, possui um blog.
Acredito que o mais importante não é a fonte de conhecimento e sim a capacidade de discernir entre o que é proveitoso e o que nada se tem a aproveitar.
Os livros são de extrema importância, e seus valores irrevogáveis, assim como as revistas (de conhecimento e informação), os jornais e os conteúdos de internet.
Existem inúmeras ferramentas que nos servem de aporte, porém, muitas vezes não sabemos utilizá-las ou as utilizamos de maneira inadequada.
A mídia, seja ela em qualquer aplicação, tem os seus pontos positivos e negativos. Seria óbvio dizer que devemos saber escolher, mas coloco uma questão mais abrangente: Devemos saber como escolher.
Temos necessidade de conhecimento, cultura, informação, entretenimento, etc., porém temos que saciar a todas em igual intensidade.
O problema é uma pessoa que fica de três a quatro horas pesquisando o dia-dia de famosos, as tendências do mundo fashion, o resumo das novelas e não consegue ler a capa do jornal do dia.
Ou uma pessoa que sabe décor a Teoria da Relatividade, a Fórmula de Báskara, o Teorema de Pitágoras, os conceitos das teorias da administração, as conclusões Freudianas e/ou dissertações sobre probabilidades numéricas e não consegue utilizar as redes de relacionamento de maneira proveitosa ao seu conhecimento.
Com isso, sempre existirão livros bons e livros ruins, assim como conteúdo bom e conteúdo pífio na internet, cabe a você saber discernir o que melhor há pra ser aproveitado.
Por conseguinte, termino com um pensamento, de minha autoria, para sua reflexão:
“Enquanto muitos só veem conteúdo pejorativo e banal na internet, muitas empresas estão enriquecendo com anúncios publicitários na web. Enquanto muitas pessoas só leem as notícias de famosos e celebridades, Luiz Fernando Veríssimo, Arnaldo Jabor, Ancelmo Góis, Marta Medeiros, entre outros, continuam sendo colunistas de vários jornais de grande circulação no país e que podem ser acessados pela internet. Ah! Os livros ainda estão ao seu alcance”.