NADA SE GANHA EM CONHECER O FUTURO
Estou aqui matutando sobre um anúncio de jornal que li e trata da capacidade excepcional de uma madame fulana de tal em desvendar o futuro de quem a procura para esse fim, através de diversos meios de adivinhação: astros, espíritos, linhas do corpo, sonhos etc. A minha descrença é total sobre esse assunto e me fez lembrar o filósofo/poeta Lucano, (39d.C/65), sobrinho de Sêneca, que deixou dito que nada se ganha em conhecer o futuro; e infeliz é quem se atormenta em vão. Ele até reclama lá do senhor do Olimpo por que permite os pobres mortais, que já são presos de tantos males presentes, se preocuparem e queiram conhecer mediante presságios, as desgraças futuras.
Neste meu mundo composto de “velhinhos” existem muitos que não se deixaram levar por tal crença. Montaigne afirma que conheceu pessoas que exaltavam a exatidão das previsões, contudo ele afirma também, que em tais circunstâncias, e em meio a tantas palavras há de haver mentiras e verdades e cita Cícero que se manifestou sobre o assunto, afirmando: “Ao se atirar ao alvo o dia inteiro, alguma vez se atingirá a meta”. Posso citar ainda Xenófanes de Colofon, que embora admitisse a existência dos deuses, se esforçou por combater toda espécie de adivinhação
Para encerrar, só mais uma palavrinha de Horácio, que disse: “Um Deus avisado escondeu-nos os acontecimentos do futuro sob uma noite espessa, e ri-se do mortal que se inquieta mais do que deve acerca do destino... É senhor de si próprio e passa a existência feliz quem pode dizer diariamente: que importa se amanhã Júpiter escurecer a atmosfera sob nuvens sombrias ou nos der um céu sereno; satisfeitos com o presente, evitemos preocupar-nos com o futuro.”
Estou aqui matutando sobre um anúncio de jornal que li e trata da capacidade excepcional de uma madame fulana de tal em desvendar o futuro de quem a procura para esse fim, através de diversos meios de adivinhação: astros, espíritos, linhas do corpo, sonhos etc. A minha descrença é total sobre esse assunto e me fez lembrar o filósofo/poeta Lucano, (39d.C/65), sobrinho de Sêneca, que deixou dito que nada se ganha em conhecer o futuro; e infeliz é quem se atormenta em vão. Ele até reclama lá do senhor do Olimpo por que permite os pobres mortais, que já são presos de tantos males presentes, se preocuparem e queiram conhecer mediante presságios, as desgraças futuras.
Neste meu mundo composto de “velhinhos” existem muitos que não se deixaram levar por tal crença. Montaigne afirma que conheceu pessoas que exaltavam a exatidão das previsões, contudo ele afirma também, que em tais circunstâncias, e em meio a tantas palavras há de haver mentiras e verdades e cita Cícero que se manifestou sobre o assunto, afirmando: “Ao se atirar ao alvo o dia inteiro, alguma vez se atingirá a meta”. Posso citar ainda Xenófanes de Colofon, que embora admitisse a existência dos deuses, se esforçou por combater toda espécie de adivinhação
Para encerrar, só mais uma palavrinha de Horácio, que disse: “Um Deus avisado escondeu-nos os acontecimentos do futuro sob uma noite espessa, e ri-se do mortal que se inquieta mais do que deve acerca do destino... É senhor de si próprio e passa a existência feliz quem pode dizer diariamente: que importa se amanhã Júpiter escurecer a atmosfera sob nuvens sombrias ou nos der um céu sereno; satisfeitos com o presente, evitemos preocupar-nos com o futuro.”