"De pouca luz"
O Poeta melhora o Homem!
Fechada cortina da necessidade do ver
Olha com ouvidos e outros paralelos sentidos
Busca a mão da solidariedade que passa vendada, apesar da não vidência vetada
O auxilio dos recursos táteis nem sempre nos dá a dimensão do limite
Por isso a que se ter nesta hora alguma caridade que note
Ruídos muitos confundem, porém, indiferente vem uma necessidade que gera a força maior
Limites, só uma dificuldade a mais nesse universo de acotovelados
Assim que com facas e tesouras cegas também ficamos limitados
Não ignora o brilho dos faróis da pressa, apraz-se mais ao brilho que é da luz do sol e apesar da íris, essa menina sem dimensão da dança que ao canto do olho a lágrima também se faz. Adapta-se a caminhos não adaptados arrisca-se neste relevo hurbano
E apesar de aparente pouca luz, brilha assaz a coragem.
Maurício Rodrigues