A Mulher e o Livro
A mulher, não deve ser tratada de qualquer jeito. O mal do mundo moderno é encontrarmos mulheres mal amadas. Aquelas que se tornaram sinônimo de agressividade e violência. Não violência estapafúrdia, de matar um ao outro. Mas, a outra violência, a violência de bastidores, aquela que não é divulgada, mas que ocorre diariamente. A violência de tratar mal os homens.
Como os homens têm sido animais em busca constante pela caça, as mulheres também têm feito isso. Tem-se perdido o charme das relações amorosas. As mulheres estão se transformando em seres mal amados. Desprezam qualquer cantada; umas, são rodeadas com sorrisos irônicos e cínicos. Riem de tudo e de todos. Não riem de si mesmas. Riem do outro, o chamado sexo forte. Nessa fortaleza de sexos, em que a disputa é muito mais artigo de grife, do que de sentimento, quem sai perdendo, mais ainda é a mulher. Embora o homem também tenha sua parcela de culpa.
Perde, porque deixa de ser amada. Perde por não se deixar revelar pelo sentimento; pela ternura. Por aquilo que é próprio das mulheres: a feminilidade.
Mulheres, deixem de brigar. Amem seus namorados, maridos e noivo. Auxiliem os homens na grande empreitada da vida: amar. Não o amor religioso, estritamente solidário e nada apaixonado. Mas, o amor verdadeiro, que é o amor de quem gosta realmente do outro. O amor que todos os dias é cativante e inovador. Inova-se com as velhas características, isto é: ser romântico. Aos homens, deve se pedir, apenas isso: que sejam românticos. Que tratem as mulheres com doçura. Que, papariquem suas queridas e eternas meninas.
Para isso, a mulher deve ser tratada como um livro. Só se compra, quando se pega. Isto é, deve-se olhar o livro por dentro: cheirar, pegar, “mexer”, sentir o hálito de dentro. Sentir a alma. A mulher deve ser tratada com apreço; o valor da mulher está nessa valorização; nesse apreciar. O livro, se cheira e se sente folheando. A mulher, é melhor. Se faz isso, vendo-a andando. Verificando seus gestos, sua forma de falar. Seu sotaque, sua voz fina, mais aguda quando está nervosa. Mais grossa, quando imita alguém. Olhar seus olhos; ver como se mexem rápidos quando está com alegria. Vê-se, perder-se quando está triste. Deprimi-se quando o parceiro não quer sair à noite. Refastela-se quando ele diz que estava brincando.
Seus cabelos são um emaranhando de ideias e, porque não, de teorias. Se está preso, é porque ela está cheia de compromissos. Se está solto, é final de semana. Se ela os mexe, é porque pode está gostando de sua conversa. Se ela, os enrola, é porque ainda guarda estripulias de menina. Se ela pede para ser alisada, é porque confiou no homem à sua vontade. Se ela olha muito no espelho, pode ser sinal de dúvida.
O universo feminino é uma maravilha, que devemos adentrar. A mulher é representante do singelo e necessário afago que torna a vida mais interessante; nos dá prazer, ao reencontrá-la; nos dói, quando ela se vai. Nos alimenta quando volta. A mulher é um livro; à ser sempre folheado, pois nas páginas impressas – e expressas – estão sua alma bem vivida. Basta querermos lê-la.