Fumaça

A fumaça perdia-se devagar. Leve.

Leve, perdia-se no ar.

Para onde iria? Desde pequena, sempre pensava nisso: para onde ia a fumaça do café quente?

E a fumaça do cachimbo da vovó?

E do cigarro da mamãe?

Era um pensamento muito infantil. Sabia disso, mas não conseguia deixar de imaginar que fim levava a fumaça. Simplesmente desaparecia diante de seus olhos...para o além. Para a atmosfera. Para o espaço. Para o céu. Para o infinito. E então pensou...

“Eu quero ser fumaça”.

JaquelineS
Enviado por JaquelineS em 10/09/2006
Código do texto: T237059