Fumaça
A fumaça perdia-se devagar. Leve.
Leve, perdia-se no ar.
Para onde iria? Desde pequena, sempre pensava nisso: para onde ia a fumaça do café quente?
E a fumaça do cachimbo da vovó?
E do cigarro da mamãe?
Era um pensamento muito infantil. Sabia disso, mas não conseguia deixar de imaginar que fim levava a fumaça. Simplesmente desaparecia diante de seus olhos...para o além. Para a atmosfera. Para o espaço. Para o céu. Para o infinito. E então pensou...
“Eu quero ser fumaça”.