Minha Loren

Entre a necessidade da argumentação e a projeção lógica dos fatos, medeia um termo que eu – talvez ousadamente – denomino sentimento. Sob a epifania da vida, e entre os obstáculos discutidos dia após dia, é de assustar o quanto lido comigo mesmo e com meus próprios pesadelos, como se fosse o homem mau de minha própria sina. Nesse campo sinistro, porém, onde deparo-me com figuras, por vezes, sarcásticas e – não raro – turbulentas, vezes há, meus amigos, que sou tomado pela solidariedade e pureza de alguns (deveras raros) que espargem feixes de luz, de modo a mencionar: “Vê? Há ainda essa opção a desvendar.” E foi nesse grau significativo que encontrei minha Loren. Lúcida, como um mangusto inundado de vividez, realizar-me ao teu lado foi mais que regojizo: Foi a versão nobre sobre a ideia de amar, dispensada pelo poeta. Foi mais: a experiência direta – sem revelações – de uma palavra extremamente normal – e pouco comum (aqui, minha Dileta, você me lê a alma) – o amor. Amor que guardo de ti, em mim. Que de ti em mim há muito, amor: há muito amor. Pela sua interjeição táctica em minha vida, além de um doce semblante, uma palavra: obrigado. Que minha vida seja cheia de você, para todo o sempre.

“Amor vincit omnia” Virgilio.