AMORES VIRTUAIS
Desde que o Mundo é mundo os namorados vêm expressando seu amor de acordo com os padrões ditados pelos costumes mais ou menos populares.
Houve época em que os mais afoitos se arriscavam a trocar bilhetes amorosos, escondidos dos pais severos que achavam que isso era terrivelmente comprometedor, que rapazes e moças deviam manter respeitosa distancia entre si.
Namoros eram proibidos.
Cabia aos pais decidir quando seria bom o filho se casar e com quem.
O pai da moça podia aceitar ou não o pedido formal feito pelo pai do pretendente.
Se tudo estivesse nos conformes ele aceitava e à moça só cabia dizer “sim”.
Os casamento eram ou aparentavam ser muito felizes, felicidade essa muitas vezes mantida a duras penas.
O tempo foi passando, toda essa rigidez foi se abrandando, os jovens foram adquirindo liberdade para escolher seus parceiros e os namoros foram se tornando cada vez mais livres até chegarem ao ponto em que nos encontramos hoje, liberdade total para namorar casar ou descasar sem dar satisfação à família, muito menos, à sociedade.
O advento da internet foi como que um marco que dividiu duas eras em todos os relacionamentos humanos, o antes e o depois da internet.
A maravilha veio possibilitar o relacionamento de pessoas do mundo todo e abriu um leque de chances de amizades e namoros virtuais que algumas vezes chegam a concretizar-se, muitas outras acabam em nada pois não há nada mais fácil do que desligar um computador ou simplesmente deletar o que não nos interessa mais.
E eu fico imaginando:
O que será que ainda irão inventar?