FELICIDADE OU PURA MELANCOLIA?
Devemos modelar nossas palavras
Até se tornarem o mais fino
Invólucro dos nossos pensamentos
(Virgínia Woolf)
Sempre me vejo sentada no alto de uma colina tendo por visão o mar aberto, então, eu me pergunto: o que significaria esta visão? Felicidade por ver descortinado diante dos meus olhos tanta beleza, por poder assistir o ir e vir das águas, associando esse movimento à vida, ao pensamento ou a morte no seu só ir, ou pura melancolia? Isto me faz lembrar Virginia Woolf, que sentenciou: “ Pois tem razão o filósofo ao dizer que entre a felicidade e a melancolia não medeia espessura maior que a de uma lâmina de faca”.
Sim, as águas me fascinam, mas não a ponto de me atirar nelas, não tenho curiosidade em procurar ver o outro lado, ou melhor a outra face do espelho.Virginia sentiu essa curiosidade e atirou-se nas águas do rio Sussex; ela sabia que um dia em água viraria. Sempre fora atraída por ela. O fluxo e refluxo das águas representavam para esta mulher triste e angustiada, o contraponto entre o tempo e a eternidade, a vida e a morte, a dor e a alegria. Entre o movimento e a imobilidade.
Lembrei Virgínia e estou aqui feito ela, procurando um significado para a vida, sem, contudo desejar alterar as convenções estabelecidas, nem procurar explicações contraditórias que animam os indivíduos, afinal, pelas suas conclusões “o ser perfeito não existe. Não é mais que personagem fictícia que só pode viver e movimentar-se nas páginas impressas do romance. E nunca na realidade.”
(Texto baseado na biografia de Virgínia Woolf editada por Victor Cevita
Devemos modelar nossas palavras
Até se tornarem o mais fino
Invólucro dos nossos pensamentos
(Virgínia Woolf)
Sempre me vejo sentada no alto de uma colina tendo por visão o mar aberto, então, eu me pergunto: o que significaria esta visão? Felicidade por ver descortinado diante dos meus olhos tanta beleza, por poder assistir o ir e vir das águas, associando esse movimento à vida, ao pensamento ou a morte no seu só ir, ou pura melancolia? Isto me faz lembrar Virginia Woolf, que sentenciou: “ Pois tem razão o filósofo ao dizer que entre a felicidade e a melancolia não medeia espessura maior que a de uma lâmina de faca”.
Sim, as águas me fascinam, mas não a ponto de me atirar nelas, não tenho curiosidade em procurar ver o outro lado, ou melhor a outra face do espelho.Virginia sentiu essa curiosidade e atirou-se nas águas do rio Sussex; ela sabia que um dia em água viraria. Sempre fora atraída por ela. O fluxo e refluxo das águas representavam para esta mulher triste e angustiada, o contraponto entre o tempo e a eternidade, a vida e a morte, a dor e a alegria. Entre o movimento e a imobilidade.
Lembrei Virgínia e estou aqui feito ela, procurando um significado para a vida, sem, contudo desejar alterar as convenções estabelecidas, nem procurar explicações contraditórias que animam os indivíduos, afinal, pelas suas conclusões “o ser perfeito não existe. Não é mais que personagem fictícia que só pode viver e movimentar-se nas páginas impressas do romance. E nunca na realidade.”
(Texto baseado na biografia de Virgínia Woolf editada por Victor Cevita