DOR
Hoje acordei e como sempre liguei a TV
enquanto fazia meu café. As notícias
eram sempre as mesmas. Mas algo dei-
xou-me profundamente abalada. É sobre
um crime ocorrido aqui no nosso país. Um
a mais infelizmente.
Ontem, eu havia desistido de ler o livro
que me emprestaram por ter um conteúdo
muito forte, pesado demais, para mim.
Tratava-se também de um crime, não ocor-
rido aqui, mas na América do Norte.
E uma coisa me deixou pensativa: Os dois
foram cometidos contra mulheres. Uma adulta
e uma criança. E eu que vivo a refletir, fiquei
pensando nas mulheres, sua fragilidade, suas
dores.
Então resolvi fazer aqui um minuto de silêncio,
por todas as dores sofridas, por toda violência
sentida...
E hoje de manhã, conversando com meu marido
falamos sobre o desamor, sobre a dificuldade
das pessoas em saberem amar. Um amor verdei-
ro, sem interesse financeiro, sem interesse ne-
nhum... Amar apenas por amar.
Ontem comentei um poema aqui no Recanto, de
HelioJsilva que tinha o Título: A CARIDADE...no
comentário que fiz disse ao meu colega que o
mais difícil é a gente amar assim desinteressa-
damente e disse a ele que eu também tinha difi-
culdade em amar assim.
Porque por trás de uma pessoa "boazinha" pode
haver uma pessoa carente, de amor, carinho, afei-
ção... O ser humano é sem dúvida, um ser carente.
E muitas vezes essa carência o torna violento...
E fico pensando nas mazelas deste mundo...
No amor e desamor, na violência em que vivemos...
Na Joaninha deixada pelo maníaco do livro que desis-
ti de ler. Na tragédia que não pude deixar de ver es-
tampada estes dias na TV...
Nas nossas próprias tragédias, no nosso carente coti-
diano...
Que tenhamos atenção uns com os outros...
Que tenhamos carinho uns com os outros...
Que possamos aprender a amar uns aos outros!
Adria