Crônicas de um Garoto Apaixonado
E eu disse para ela:
-Eu te amo. E dessa vez, tenho certeza.
O silêncio reinou naquele lugar. Ela me olhou e disse:
-Me desculpe.
-Desculpar? Por quê?
-Por te fazer sofrer!
-Imagina! Você não me faz sofrer! Você me faz feliz...
Isso é (até agora) o último fato da história. Mas vou conta-la desde o começo...
Dia 29 de Abril, eu contei a ela. Ela ficou pasma.
Sabe, eu sempre fui um garoto cheio de paixões e inicialmente, não era para eu me apaixonar de verdade por ela.. Eu só fazia aquilo para me distrair de outra pesso, por que, essa sim, me fazia sofrer, e muito.
Dia 02 de Maio. Eu percebi. Eu a amava. Na verdade, não percebi sozinho. Tínhamos acabado de sair da escola, estávamos na casa de uma amiga, fazendo trabalho. Eu estava deitado no tapete, triste. Eu me sentia mal por estarem todos namorando e eu lá, sozinho, e apaixonado pela namorada de outro.
Eu não conseguia me concentrar, eu não conseguia parar de pensar nela.
De repente, ela se deitou no tapete, e disse:
-Tá tudo bem, Beto?
-Tá! Acho que to ficando meio resfriado! – Eu menti.
Eu estava olhando fixamente para ela, contemplando sua beleza, quando de repente, me escapuliu:
-Eu te amo – Eu disse, bem baixinho.
Ela não escutou. E fiquei feliz com isso.
Algumas horas depois, ela foi embora, e eu não conseguia parar de falar dela... Quando, uma de minhas amigas disse:
-Querido, você está apaixonado – Minha outra amiga concordou.
-Apaixonado? Será?
O silêncio reinava novamente.
E do nada, eu disse que realmente estava.
Eu me senti feliz, eu estava amando! Desde então, meu coração palpita só de ouvir seu nome.
Os dias se passaram, as coisas aconteceram, mas nada mudou para mim. Eu estava conversando com ela, e eu a disse:
-Eu estava pensando, e acho que preciso me afastar de você.
-Por quê? – Ela parecia aflita.
-Ah, não sei. Tenho medo do fato de eu gostar de você atrapalhar o que a gente tem, e eu posso perder a amizade do seu namorado.
-Amor, não faça isso, será ruim para mim e para você. E também não se esqueça de mim, nós ainda vamos ficar juntos.
-Nossa, isso foi bom de ouvir.
Eu me senti bem, pois me senti amado.
Dias depois, escrevi uma carta, uma carta romântica para ela, que dizia assim:
“ Desde o dia em que te conheci, eu senti algo por você... Desde então, o que sinto por você vem aumentando! E graças a isso, consegui esquecer a Mari, e agora estou sentindo por você o que sentia por ela, só que triplicado... E esse sentimento é verdadeiro, acredite!
Eu fiquei super eufórico quando naquele dia você disse para eu não te esquecer, pois você ainda ficaria comigo um dia. Tudo isso pois você demonstrou que poderia sentir algo por mim... Eu não sei se você sente, mas mesmo assim muitíssimo obrigado por me fazer sentir essa sensação tão boa dentro de mim, muito obrigado mesmo.”
E eu disse para ela:
-Eu te amo. E dessa vez tenho certeza.
O silêncio infernal retornara
-Me desculpe – Disse ela
-Desculpar? Por quê?
-Por te fazer sofrer!
-Imagina, você não me faz sofrer, você me faz feliz... Eu te amo Nathália.
-Eu também te amo Beto.