Cãominhada?

Cãocagada ou Cãomerdada?

Bem, vamos começar, talvez, um ser humano que não gosta de animais. Principalmente o “principal” amigo dos homens. O Cão. Sim, letra maiúscula, como soe acontecer com quem respeitamos. Já que não podemos chamar de Senhor ou Senhora Cão e Cadela. Mas, convenhamos. Eles, como nós mesmo, sujam. E daí, o que tem demais? Os donos cuidam. E vamos fazer, na orla da praia, uma grande festa. Entre um canal e outro. E todos, sem exceção, somos coerentes com a limpeza, cuidado, atenção, carinho e responsabilidade sobre como tratar corretamente. E não, como alguns, abandonam na sua velhice e doença. Ótimo, dirão muitos. E mais ótimo ainda quem participou.

Uma festa maravilhosa, a “Cãominhada”. E o que se pode dizer ao contrário? Nada, absolutamente. Críticas elogiosas, sim, elas existem. Afinal, ensinar a uma criança cuidar e reverenciar um animal, nos deixa menos assim, parecidos com eles e suas, infelizmente, condição de não ser um do qual se prestam a pedir a necessária condição de pensar e raciocinar sobre a limpeza. Eles não têm mãos. Então, mãos as obras de segurar no cabresto, dizer onde podem e não podem fazer as suas necessidades.

Ótimo, não é mesmo? Tudo acertado e feito. Tudo limpinho de volta em seus saquinhos plásticos. Que irão ter um destino certo, no lixo, que não é descartável e muito menos higiênico. Mas é a prática, pessoal. Juntar as tranqueiras deles, algumas volumosas e colocar em saquinhos plásticos. Que demoram anos, até séculos, para se decompor. E o que vai ficar dentro, aliás, para quem não seguiu corretamente essa crítica, a “merdada” ou a “cagada”, ficará lá, dentro, incólume? Por quanto tempo? Bem, reflitamos. Tenhamos bom senso. Gostando ou não do animal. Não importa o porte ou importa?. Tem uns que fazem até dois quilos por dia. Sabe lá o que é isso em termos de volume? Basta multiplicar o número deles por esse, vamos à média, quinhentos gramas de “merdada” por dia. Aliás, existe a palavra “merdada”? Bem, não, como não existia a “Cãominhada”. Agora, por adeptos dela, existe sim. E é uma maravilha de festa. Todos apreciam. Todos que adoram os animais. Quem pisa no que eles fazem não.

Vamos a campanha proposta. Será assim. Um lugar, apropriado, como para os seres ditos humanos e comportados, cujos animais fazem o mesmo. Será “o” ou “a” “cagada” ou “merdada”?. Meio que esses termos são um pouco – ou muito – escatológicos. Mas é o termo mais apropriado, acredito. Voltando ao assunto, antes que ele seja esparramado, claro, pelos incautos cujos donos sequer olham para onde foi feito e providenciado a sua exclusão do local. Com jornal, com saquinhos plásticos ou nada, simplesmente. Deveriam, esses últimos, serem obrigados a catar com a mão. Afinal, são da mesma “raça”.

Campanha no ar. Leve o seu Cão ou Cadela para o banheiro. Veja. Aqui, com sinais próprios, podendo até separar por sexo, não é bonitinho? Então, a dona Sabesp, que toma conta do nosso, sabe, não preciso dizer, poderia colocar, em cada quilômetro da praia, um simples objeto semelhante. Eles fariam ali, iria direto para o esgoto e bem tratado, conveniente. Uma operação simples e sem mais condição de fazer sujeira ou juntar ao muito dos detritos que fazemos, nós mesmos, todos os dias. E que podemos, algum dia, saber reciclar corretamente. Aliás, já deve ter sido e acontecido. Já imaginaram colecionar todos eles, dos seis bilhões de seres humanos durante um ano? Para não dizer dois ou mais e alguns séculos? Já foram reciclados pela mãe Natureza. E, bem, pensar a sua continuidade pode nos deixar sem fome. Mas podemos ter a certeza que já voltaram e foram novamente reciclados.

Caso a dona Sabesp não consiga, por, sabe como é, condições econômicas e financeiras, poder-se-ia fazer uma campanha com “recursos particulares”. Dez centavos para a visita. Como é que não pensei nisso antes? Empresários do setor!!! O que acham da idéia? Sabe-se lá, pode-se até pensar em um cartaz dizendo: Aqui, nesse espaço canino, respeitando a individualidade, propiciamos ao seu cãozinho um fator higiênico completo. Após o uso deverá ser dada a descarga. Direto no encanamento. Vamos juntar o amor. No caso, o mesmo cano fará o mesmo serviço. Levar, lavar, secar, pulverizar e retornar para a Natureza corretamente. Simples. Como a própria Cãominhada. Uma idéia exemplar e bem executada. Parabéns, “Cãofilósofos” ou será “Cãoardorosos” e mais uma infinidade de termos para os adoradores dos seus atributos generosos do infindável companheirismo. É sincero. Adoro animais, mesmo com a crítica para os seus dejetos. Paciência!

Cilas Medi
Enviado por Cilas Medi em 06/07/2010
Código do texto: T2361465
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.