A ARTE E O AMOR.
A verdadeira arte supera todas as outras habilidades do ser humano, sua roupagem é o amor.
Realiza os sentidos; ama o amor, alcança espaços diversos; envolve as permanências da existência; supera calendários; comunica na ponte do tempo espíritos iguais e desiguais, aproximando afinidades; estabelece encontros não imaginados na ampulheta da história que escoa universalidades; enfim, aglutina a humanidade pela secularização do amor.
A arte é atividade do encontro no desencontro das épocas e de nossos dias. Por ela se registra o amor dos povos. É força que impulsiona movendo toda a natureza. O amor precede à arte e por ela se manifesta.
Em suas múltiplas facetas a arte surge sem esboços ou projetos, nasce do talento e simplesmente acontece.
O verbo como arte surgido após a arte como plástica, sintonizando ou pondo em embate o pensamento, é forte como a tinta ou o cinzel, mas afasta mais o homem do que o aproxima.
O verdadeiro artista trabalha para si desconhecendo a vaidade, sem preocupação com reconhecimento, por satisfazer seu sentimento, sua expressão.
Arte imaterializada vive no ponto onde os sentidos visibilizam e percebem e o talento não registra. Atravessa o curso do tempo definindo-o; esta a história da arte, irmã da humanidade.
Somente pelo ângulo artístico são conhecidos verdadeiramente os povos. Sem a manifestação artística a humanidade seria desconhecida. O talento, a vocação, enfim a arte, são princípio e fim de todas as coisas.