A ARTE E O AMOR.

A verdadeira arte supera todas as outras habilidades do ser humano, sua roupagem é o amor.

Realiza os sentidos; ama o amor, alcança espaços diversos; envolve as permanências da existência; supera calendários; comunica na ponte do tempo espíritos iguais e desiguais, aproximando afinidades; estabelece encontros não imaginados na ampulheta da história que escoa universalidades; enfim, aglutina a humanidade pela secularização do amor.

A arte é atividade do encontro no desencontro das épocas e de nossos dias. Por ela se registra o amor dos povos. É força que impulsiona movendo toda a natureza. O amor precede à arte e por ela se manifesta.

Em suas múltiplas facetas a arte surge sem esboços ou projetos, nasce do talento e simplesmente acontece.

O verbo como arte surgido após a arte como plástica, sintonizando ou pondo em embate o pensamento, é forte como a tinta ou o cinzel, mas afasta mais o homem do que o aproxima.

O verdadeiro artista trabalha para si desconhecendo a vaidade, sem preocupação com reconhecimento, por satisfazer seu sentimento, sua expressão.

Arte imaterializada vive no ponto onde os sentidos visibilizam e percebem e o talento não registra. Atravessa o curso do tempo definindo-o; esta a história da arte, irmã da humanidade.

Somente pelo ângulo artístico são conhecidos verdadeiramente os povos. Sem a manifestação artística a humanidade seria desconhecida. O talento, a vocação, enfim a arte, são princípio e fim de todas as coisas.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 05/07/2010
Código do texto: T2359641
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