Oportunidades
Certa vez, perguntei: “O que fazer para não perder as oportunidades da vida?” Não souberam me responder. Deste então, tenho refletido sobre o assunto. Sempre faço isso. Quando não obtenho claramente uma resposta ou ela não me é satisfatória, busco-a dentro de mim.
Entre as conclusões a que cheguei, acredito que “agir rápido” é o primeiro ponto para não perdermos as oportunidades. Quem fica protelando ou hesitando, perde. Tento fazer tudo que tem prazo o quanto antes possível, e nunca na última hora. Faço um esforço para planejar tudo que é possível, contando até com um provável “Plano B”, na tentativa de “planejar o imprevisto”.
Não que tudo precisa ser metodicamente certinho, ensaiado. Afinal, nem tudo se pode planejar. Mas se cuidarmos bem do que se pode esperar, aproveitaremos melhor até o inesperado – as surpresas!
Na Engenharia de Produção, existe o conceito de “programação para frente” e “programação para trás”. Na primeira, programa-se um trabalho ou uma tarefa para iniciar assim que esteja disponível, ou seja, no instante mais cedo possível. Na segunda, o trabalho é programado para iniciar no último instante possível de forma que não termine atrasada. Prefiro me programar “para frente”.
Um segundo ponto importante é “enfrentar os medos”. Vergonha, timidez, receios bobos impedem que desfrutemos bem as circunstâncias da vida. O Ikeda Sensei já escreveu que “os tímidos serão derrotados”. É preciso ousar e abusar mesmo. É preciso ter coragem. Como escrevi várias vezes, coragem não é ausência de medo, mas continuar avançando apesar do medo.
E completando o tripé, para saber aproveitar todas as oportunidades que surgirem, é preciso “lançar-se”. Não adianta ficar esperando a oportunidade cair do céu. É preciso ir em busca dos objetivos. Sonhar, objetivar e concretizar. Evidentemente, uma postura pró-ativa abre muito mais portas do que a reativa.
Lembro-me de uma história que ouvi uma vez. É preciso criar ondas, propagar coisas boas. Mas como? Se estamos diante de um lago calmo e temos uma pedrinha na mão, é só jogá-la na água que as ondas se formarão. E se não temos a pedrinha? Devemos nos lançar ao lago! Ondas ainda mais fortes que as da pedrinha se formarão imediatamente.
A vida é assim também. Umas ondas vêm, outras vão. Algumas a gente pula, outras a gente aproveita. E quando elas não aparecem, a gente se lança na maré da vida e as cria corajosamente.