Larissa Riquelme nua; Maradona também?
No final do século passado eu andei uns tempos lá pelos lados dos Estados Unidos, bem na fronteira com o México, na região do Texas; conheci muita gente boa, principalmente alguns bons amigos mexicanos com quem eu saía muitas vezes a noite em busca de um pouco de aventuras; dentre estes bons e velhos amigos, Enrique Sanchez, administrador do Colonial Residential Condominium, onde morei.
Certa noite “selou” seu indomável Gran Victoria Ford e fomos à busca de uma diversão; passamos por bares, restaurantes, esquinas e avenidas de Ciudad Juárez e para minha surpresa, entre 2 milhões de habitantes, eu não havia conhecido nenhuma mulher razoavelmente bonita; foi quando Enrique me disse: - Você sabe porque não tem revista Playboy feita no México? Imediatamente, acanhado, eu lhe disse: - Não! Não sei! Enrique sorriu muito e respondeu: - Não tem, porque faliu!
A metáfora “faliu” traduzindo era como se lá não tivesse mulher bonita e nisso eu concordo até hoje; o mesmo posso dizer da República do Paraguai, lugar que, aliás, além da contravenção ser a regra, mulher bonita é raro e nisso nós brasileiros temos um pouco de culpa, que o diga Luis Alves de Lima e Silva; para quem não o conhece, o Duque de Caxias. Mas no Paraguai não pode haver só “jaburus” ou “mocréias”; tem que haver alguém que salvasse a pátria, menos, é claro, o Bispo Lugo; esta salvadora chama-se Larissa Riquelme, uma das mais belas morenas americanas que prometeu ficar nua em praça pública, caso a seleção paraguaia de futebol vencesse a Copa da África.
Do outro lado da fronteira, na República Argentina, o que não falta é mulher bonita; principalmente as portenhas, que vivem na região do River Plate, ou Rio da Prata; a concentração de belas mulheres chega a dar inveja na moçada do Rio de Janeiro e Buenos Aires às vezes nos cega de tanta beldade desfilando com seus trajes insinuantes. A mulher argentina pode não ser o biótipo da perfeição plástica, mas seu comportamento social a faz ser uma das mais sensuais do planeta.
Mas como nem tudo são flores e nem tudo que reluz é ouro, tinha que haver a desgraça desavergonhada; esta mediocridade em pessoa atende pelo nome de Diego Armando Maradona; aquele que tem certeza que é Deus, que fez uns golzinhos ao acaso pela seleção argentina de futebol e que vive insistindo que é o melhor do mundo de todos os tempos. Uma vez atleta, outra viciado em drogas; uma vez másculo; outras vezes flagrado beijando na bocas de homem (homofobia a parte); uma vez argentino; outra vez cubano; o “toco de amarrar jegue”, obeso mórbido e falastrão, também afirmou que, caso a Argentina fosse campeã, ele ficaria pelado numa praça importante de Buenos Aires.
Na comparação entre a seleção paraguaia e a argentina o mundo pulou uma fogueira de costas; por sorte nossa a Argentina caiu de quatro, literalmente, diante da extraordinária Alemanha, fazendo com que os planos do viciado em drogas Maradona, de desfilar pelado por Buenos Aires, caíssem por terra. Já em relação ao Paraguai, com tanta desgraça que aconteceu na África do Sul nesta Copa do Mundo, bem que poderíamos torcer pelos “muambeiros” de Cidade de Leste, porque se eles conseguissem a proeza de serem campeões, veríamos a belíssima e rara paraguaia Larissa Riquelme peladinha pelas ruas de Assunção.
Maradona é rico e tem até uma igreja que o venera tal qual Jesus Cristo; isso mesmo! Não é piada, muito menos deboche; há uma igreja mefistofélica em Buenos Aires que acredita que Maradona é uma Divindade. Depois da Copa catastrófica da Argentina, coisa que ninguém esperava ser diferente, o “huele gordito” retoma a vidinha normal e ninguém se surpreenda se ele ficar no comando do time até 2014. Já está em Buenos Aires curtindo a solidão auto-imposta e será eternamente gozado por nós brasileiros!
Já Larissa Riquelme, pode não ter tido a oportunidade de se manifestar de corpo e alma para o mundo nesta Copa de Futebol, mas a contar por sua rara beleza e seu jeitinho de “menina sapeca”, eu tenho absoluta certeza que o mundo inteiro ainda terá inúmeras e ótimas oportunidades de vê-la como nasceu, porque ela é a exceção paraguaia em todos os sentidos.
Agora vamos ao que interessa que são os comentários das notícias da Copa do Mundo da “Vuvuzela Mandela África do Sul Jabulani”. A primeira fase deste campeonato tosco e cheio de defeitos de organização foi o pior de todos os tempos; esqueceram de pedir ao acolhedor povo sul africano que parassem só um pouquinho de tanto roubar as pessoas. Mesmo com Exército, Marinha, Aeronáutica, Polícia, tribos zulus e até a Nasa nas ruas para fazerem a segurança dos dias dos jogos, os índices de criminalidade nas ruas, principalmente de Johanesburgo, bateram todos os recordes possíveis e imagináveis. A televisão não mostra estas coisas, porque a FIFA paga para não publicar, mas as cadeias sul africanas ficaram abarrotadas e nas ruas o que não faltou foi queixas de turistas que tiveram dinheiro, passaporte, câmeras e bolsas arrancadas violentamente das mãos.
A polícia local praticamente fechou os olhos para tantos crimes e mesmo tendo sido criado os tribunais itinerantes que julgaram em segundos as ações criminais que duravam anos, a questão criminal naquele país é cultural e ninguém de lá se amedrontou com tais ações inovadoras. Outra questão amplamente criticada foi a sujeira nas ruas; o Governo não terminou o plano de obras a tempo e o que se registrou através dos turistas foi uma desorganização tremenda e uma espécie de lixão a céu aberto nas ruas secundárias da Capital.
Problemas de organização a parte, que diabos foram àqueles jogos da primeira fase? Esquecidas as tradições medíocres e inúteis, os times de futebol estavam desequilibrados mentalmente e a cadência desportiva, inerente do futebol foi esquecida, dando lugar a burrice e ao anti-jogo; mas como tudo errado na vida se atribui a um culpado, o acoimado da vez foi a bola Jabulani. Esta pobre coitada da bola de couro pagou pelo justo e pelo pecador e a FIFA, senhora de todas as verdades, fez de conta de que nada aconteceu.
A seleção brasileira comandada por um dos sete anões, o Zangado, esta foi medíocre deste a primeira partida; contra os militares norte-coreanos, malmente conseguiram vencer com a diferença de um gol; depois contra os açougueiros legistas da Costa do Marfim a catástrofe foi generalizada; de um lado a tentativa de homicídio; do outro lado um bando de inocentes mimados cheios de dinheiro e no meio deste monte de fezes, um grupo de árbitros totalmente discricionários e acéfalos.
Contra a Nau portuguesa, no meu ponto de vista, foi o pior jogo do comando do anão Zangado; o gaúcho metido a nada, que fala mais do que faz, incumbiu-se de cruzar os braços em nome de uma simples classificação já obtida a custa de sofrimento, principalmente do povo brasileiro que ainda insiste em sofrer por um grupo de milionários jogadores. O que se viu contra Portugal foram dois times medrosos que mereceram sair na mesma fase, porque não lutaram e por que, no final de tudo, não sabiam de fato jogar.
Então chega o Chile e eu pensei que fosse a maior pancadaria; os chilenos, tradicionais batedores em jogos contra o Brasil, se portaram como gentis reféns do terremoto recente e deixaram o Brasil iludir seu povo com aquela vitória, mas quando chegou a vez da Laranja Mecânica a coisa mudou de lado. Estava em campo uma seleção européia acostumada a LUTAR pela vitória e do outro lado uma seleção medrosa que não sabia jogar; entre a garra e o medo, venceu a sorte!
Itália, França, Inglaterra, Portugal e até a Espanha foram as grandes decepções, mesmo tendo a Espanha passado para a quartas de finais; Estados Unidos, Japão, Suíça e Eslováquia as grandes surpresas; o resto é o resto e nada mais a declarar. Esta história de ter pena de Gana e da África do Sul não compete a nós, afinal de contas, Carlos Alberto Parreira fora ingênuo; e Gana teve todas as chances, se não as agarrou, com certeza foi por inexperiência!
Ilusões a parte, três jogos marcaram definitivamente esta copa do mundo; o melhor de todos, no meu ponto de vista foi Argentina e Alemanha, por motivos óbvios; depois da derrota de Messi, Teves e Maradona os uruguaios deram um show no jogo contra Gana; foi inacreditável que o desfecho dos últimos instantes do combate fosse produzir tantos espetáculos. Paraguai e Espanha também deram um show lindo de ser ver. Não houve uma tática de futebol para se dar inveja a ninguém, mas as garras de ambos produziram um dos melhores jogos desta copa; melhor mesmo foi para os espanhóis e pior para mim que não terei mais chance de ver a Larissa Riquelme ainda neste mês desfilando sorridente em Assunção!
No início da copa, antes mesmo do primeiro jogo, eu fiz um simulado de uma tabela virtual e pelo meu resultado, Uruguai disputaria a final com a Alemanha; para que isso ocorra, nos próximos jogos a Holanda precisa perder para o Uruguai e os alemães necessitam despachar os toureiros espanhóis. Uma coisa é certa; eu não sou vidente, muito menos fico arriscando adivinhar o futuro; mas naquela data em que fiz o simulado eu havia marcado uma viagem para a Argentina nos dias próximos, para resolver questões profissionais; depois de alguns contra-tempos, remarquei minha viagem para Montevidéu e na nova data, sem programar nada, eu chegarei na capital uruguaia no próximo dia 10 de julho, um dia antes da final da copa do mundo. Será que eu assistirei a final do campeonato no país em que sua seleção estará disputando o título? Se ocorrer, eu não só terei acertado (ocasionalmente) a tabela, como também será inédito em minha vida!
Trocadilhos a parte, agora é vermos onde vai chegar o confronto entre os frios arianos e os “toros de sangre caliente”; quem ganhar parte para a briga entre os súditos de Beatriz e os “jinetes” de José Mujica. No dia 11 de julho saberemos se a festa terá pronúncia castelhano, holandês ou alemão!
Do jeito que a zebra anda solta, a hiena rindo, a Jabulani escorregando e a FIFA falhando, eu não duvido em nada se a festa maior for em Montevidéu; e seguindo a linha dos supersticiosos e crendeiros, pode ser que eles ganhem esta para nos presentear com o hexa no Brasil! Mas isso só daqui há quatro anos e que eu não pague a língua e que nossa estrutura seja pelo menos um pouquinho melhor do que na África do Sul!
Jabulaaaaaaniiiiiiiiii!
Carlos Henrique Mascarenhas Pires
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