ROUBEI UMA ESTRELA
Quero confessar aos céus, que lhe roubei uma estrela.
Mas foi uma só, umazinha só, contudo e sobretudo, uma muito bem escolhida, a mais formosa, a mais brilhante, a mais fascinante que já avistei. Uma daquelas que serviria para anunciar a melhor das venturas que o mundo nos permitisse.
Mas Céu, acredite que foi por uma boa causa. Meu amor havia se zangado comigo e eu não sabia como reconquistá-la. Não sabia mais o que fazer para não deixar que o mal entendido se transformasse em mágoas.
Pensei em furtar uma flor. Mas seria muito pouco. Pensei em convidá-la para um jantar romântico, ao som dos velhos tempos do Roberto Carlos, mas achei que seria muito comum. Pensei em lhe fazer um poema, mas seria apenas mais um. Pensei em lhe comprar uma jóia linda, cara, mas me pareceu tão mercantil, tão sem romantismo, tão sem a doçura e a candura necessária para se viver um grande amor.
Pensei apenas em ir ao seu encontro, encontrá-la, segurar seu lindo rosto entre as mãos e lhe dizer, de coração e alma, que lhe amava, mas não sei se ela ainda quereria me ouvir. Pensei até em convidar uns amigos cantadores, violeiros, para fazer uma serenata defronte sua janela, mas temi que a incomodasse.
E caminhando pela rua já deserta, na madrugada fria e a lua me seguindo estrada a fora, a mente saudosa e triste lembrando e sonhando com a minha amada, sentindo aquela saudade doída, nem percebi que a lua se tinha ido, descido lá longe atrás de um monte distante.
Então, olhando para o céu, tentando buscar o rosto de Deus para lhe pedir que a aconselhasse a me perdoar e voltar pra mim, foi quando avistei e me deliciei com milhões de estrelas que cintilavam contentes. Uma delas brilhava mais, reluzia muito mais.
Foi quando me surgiu a idéia de roubá-la do céu e ainda naquela mesma noite, enquanto ela estava acesa e linda, levá-la para minha amada.
Céu, não se zangue, foi só uma dentre tantas e como já disse; foi por uma boa causa. Uma causa protegida e justificada pelo coração. E deu certo. Ela me recebeu e me abraçou e me beijou e me amou - até o dia amanhecer.
Pronto, confessei. E quem fala a verdade não merece castigo, certo?
Pelo menos foi isso que me ensinaram quanto eu era pequeno ainda. Espero que esse conceito ainda esteja valendo e que eu continue assim livre e amando ainda mais que antes, agora protegido e iluminado pela estrela que dei ao meu amor.
Quero confessar aos céus, que lhe roubei uma estrela.
Mas foi uma só, umazinha só, contudo e sobretudo, uma muito bem escolhida, a mais formosa, a mais brilhante, a mais fascinante que já avistei. Uma daquelas que serviria para anunciar a melhor das venturas que o mundo nos permitisse.
Mas Céu, acredite que foi por uma boa causa. Meu amor havia se zangado comigo e eu não sabia como reconquistá-la. Não sabia mais o que fazer para não deixar que o mal entendido se transformasse em mágoas.
Pensei em furtar uma flor. Mas seria muito pouco. Pensei em convidá-la para um jantar romântico, ao som dos velhos tempos do Roberto Carlos, mas achei que seria muito comum. Pensei em lhe fazer um poema, mas seria apenas mais um. Pensei em lhe comprar uma jóia linda, cara, mas me pareceu tão mercantil, tão sem romantismo, tão sem a doçura e a candura necessária para se viver um grande amor.
Pensei apenas em ir ao seu encontro, encontrá-la, segurar seu lindo rosto entre as mãos e lhe dizer, de coração e alma, que lhe amava, mas não sei se ela ainda quereria me ouvir. Pensei até em convidar uns amigos cantadores, violeiros, para fazer uma serenata defronte sua janela, mas temi que a incomodasse.
E caminhando pela rua já deserta, na madrugada fria e a lua me seguindo estrada a fora, a mente saudosa e triste lembrando e sonhando com a minha amada, sentindo aquela saudade doída, nem percebi que a lua se tinha ido, descido lá longe atrás de um monte distante.
Então, olhando para o céu, tentando buscar o rosto de Deus para lhe pedir que a aconselhasse a me perdoar e voltar pra mim, foi quando avistei e me deliciei com milhões de estrelas que cintilavam contentes. Uma delas brilhava mais, reluzia muito mais.
Foi quando me surgiu a idéia de roubá-la do céu e ainda naquela mesma noite, enquanto ela estava acesa e linda, levá-la para minha amada.
Céu, não se zangue, foi só uma dentre tantas e como já disse; foi por uma boa causa. Uma causa protegida e justificada pelo coração. E deu certo. Ela me recebeu e me abraçou e me beijou e me amou - até o dia amanhecer.
Pronto, confessei. E quem fala a verdade não merece castigo, certo?
Pelo menos foi isso que me ensinaram quanto eu era pequeno ainda. Espero que esse conceito ainda esteja valendo e que eu continue assim livre e amando ainda mais que antes, agora protegido e iluminado pela estrela que dei ao meu amor.