Muito mais que futebol...
O sonho verde-amarelo despertou de ressaca.., torcemos, brigamos, rimos, choramos, alguns pouco se abatem, outros se revoltam e uns (quem diria!argh!) torcem para a Argentina.
Impressiona a comoção que o futebol causa em uma nação de guerreiros apaixonados pela arte da bola. Eu particularmente apesar de flamenguista, não acompanho campeonato algum, mas em época de mundial fico tão alucinada com a possibilidade de ter um motivo justo para celebrar com desconhecidos, que assisto a maioria dos jogos. Por incrível que pareça já perdi mais de um jogo da seleção canarinho (talvez por ser otimista demais e crer que o Brasil sairá vencedor), porém jogos como os da Itália, Argentina ou França estou sempre de olho para secar possíveis adversários de potencial.
Tornamo-nos mais de cem milhões de técnicos, cada um com seu time escalado e defendendo a unhas e dentes seus jogadores de predileção. As más línguas dizem que mulher não gosta (ou não entende) de futebol, as feministas de plantão que me perdoem, mas a grande maioria torce muito mais pela paixão (coisa que move EXAGERADAMENTE as mulheres) do que por qualquer outra razão. Incluo-me nesse time de apaixonadas que torcem por um gol de honra daquele jogador que foi escalado sem condições físicas e mesmo assim não esmoreceu que torce por um gol bonito do nosso futebol-arte, talentoso e cheio de dribles, sem pancadaria ou retranca que só visa resultados.
Futebol é alegria, arte e emoção, não é ciência exata ou burocracia que exige comportamento de viciado em reabilitação. Se as individualidades fossem respeitadas, e ouso dizer, valorizadas, teríamos orgulho hoje, porque ganhando ou perdendo o importante é participar com dignidade, e, sendo brasileiros, com esse it a mais.
Gosto de escrever sabendo que você, meu nobre leitor, vai rir em algum momento das humildes palavras dessa atrevida cronista, porém meu objetivo não será alcançado hoje, porque ontem foi um dia triste, decepcionante e essa paixão só voltará a bater no peito daqui a exatos quatro anos, quando pretendo contar os detalhes da partida de abertura da Copa no Brasil que (tomara!) escreverei de dentro do estádio e do alto da minha paixão delirante.