A moto, Shihiro e eu
“Negro e liso
Bate, fustiga
Quando atrás sento
Colo o corpo ao dela
Voamos juntos
A moto, Shihiro e eu”
Sempre foi assim, ao comprar um carro nos primeiros dias mantinha sempre limpo e encerado, depois nem ligava, se o levasse aonde quisesse estava tudo bem.
Era diferente com motos, tratavá-as como fosse o prolongamento de seu corpo da cintura para baixo.
Gostava de dirigir carros, mas pilotar motos era sua paixão, era como estar a pé a mais de duzentos kilometros por hora ou serpenteando entre os carros pelas ruas da cidade.
Sentia-se livre como um pássaro voando.
Desde garoto teve alguma: Cinquentinha, setentinha, cento e vinte cinco, trezentas e cincoenta cilindradas e por aí vai.
Teve tombos memoráveis, mas nenhuma cicatriz ficou.
Agora possuía duas: Uma R-1 nervosa, voluptuosa, ninfomaníaca tira tudo dele não se satisfaz nunca.
A outra uma Harley 883 parece uma senhora meia-idade que sabe e faz tudo muito bem, deliciosa. Adora as duas.
Lembranças? Sim. Todas femininas.