Não foi desta vez...
Águida Hettwer
 
 
   As árvores morrem de pé. Os grandes heróis dobram os joelhos em ultima estância, de corpo cansado e suado de lutar, não fogem da raia, ou inertes feitos covardes. Todo aprendizado incluem recaídas, em todo retrocesso o fundamental é evoluir.
 
   Há palavras desconcertantes, difíceis de conduzir. Assim são os dias, como se subíssemos ao palco pela primeira vez, e deparássemos com enorme publico, aguardando um magnífico show, entretanto, por motivos alheios, nem tudo sai como planejado. Agradamos alguns, desapontamos outros.
 
 Nem sempre uma derrota é sinônimo de perda. Há males que vem para o bem. E no momento exato entenderemos o plano maior. Natural do ser humano, perder as estribeiras de vez enquando, deixando o raciocínio de lado, dando voz as emoções, toldando a percepção da realidade, significa o quanto somos “gente”.
  
 O que mais me intriga são as façanhas da vida. O quando pesa a bagagem do sonho. Os centavos arrecadados um a um, para quitar a estadia efêmera desta terra.
   
   Passamos a vida pagando sonhos a prestações. Economizando felicidade para depois da aposentadoria. Nem sabemos o que nos espera o amanhã. É não foi desta vez, que o tempo correu a nosso favor. Entretanto, não deixa pra lá! Não está morto quem peleia...
 
 
 
                                                                             02.07.20010