REPETINDO REGINA DUARTE :ESTOU COM MEDO     




Eleições se aproximando  e eu me dou o direito de não aprovar o curriculo nada democrático de quem já se acha.Talvez em devesse repetir Regina Duarte afirmando que eu estou com medo Isto porque já não imagino canto na caminhada; já não imagino todos irmãos; já não sei se o que nos espera é um Auschivitz; já não sei se virá por imposição, decreto, projeto ou medida provisória a lei que determinará a marcação do número do celular no braço de cada um, com a obrigatoriedade do monitoramento das chamadas: de quem para quem, do que disse e do que ouviu. Não sei se existirá um  Grande Irmão para nos vigiar, com a cumplicidade do nosso “Winston Sunth (personagem da fábula “1984”) e “ dos pobres peões manipulados por uma azeitada máquina estatal, que articula os impressionantes recursos da propaganda com uma eficiente polícia da consciência.”

Só espero que não seja revivido a época da inquisição, com as ferramentas da modernidade sem a necessidade dos trâmites legais e sem aquela historinha de que se é inocente até provas em contrário, basta o Quarto Poder, à serviço do Primeiro, girar a sua artilharia na direção do alvo escolhido e pronto! Por ilações e imaginação dignas de um Gilberto Braga, cria-se o “monstro”. Às favas a Justiça em todas as suas instâncias. Com parte da Imprensa manipulada, cabe o poder de investigar, denunciar, julgar, condenar, execrar. Ao “condenado” só lhe resta o júris sperniandi .

Enquanto isso nós temos que aturar no meio político, figuras comprovadamente controversas - das que acreditam que “o inferno são os outros” - e tentam passar a imagem de paladinos da ética e da moral, arvorando-se criadores de grandes feitos e com a proclamação de tais, tentam esconder a verdadeira pobreza moral que os circundam, no afã de emoldurar os deslizes éticos com “gás néon”

Para os que têm discernimento, cabe no momento do exercício democrático do voto, impor a sua vontade, defenestrando os aventureiros para livrar o futuro da “distopia” prevista por George Orwell e deixar fluir a “Utopia” de Thomas More.

Enquanto a hora não é chegada, revestidos da nossa impotência, só nos cabe assistir via on-line o festival de falta de caráter que assola o país..
Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 02/07/2010
Código do texto: T2353312
Classificação de conteúdo: seguro