Cabalístico é o amor!

Ando lendo versos, livros, crônicas, letras de musicas,

poemas... Escritos por autores diversos, buscando entusiasmo criador para escrever algo... Uma simples frase que seja fruto da minha imaginação.

Sempre fui assim: Procuro aprender com os outros.

Na escola nunca fui o primeiro a fazer a pergunta para o professor,

esperava, observava... Após algum amigo de classe tocar naquele referido assunto, ai sim: eu proferia a pergunta.

Quando fui dar o primeiro beijo já estava bem preparado,

havia observado bem os beijos de novela, os beijos calientes dos filmes e até

treinado algumas vezes na laranja, como também fizeram alguns amigos da mocidade.

No namoro não foi diferente. Da minha turma de amigos fui o ultimo a se enamorar.

Não queria ser envolvido pelo tão falado amor.

Analisei bastante o relacionamento amoroso de todos,

até mesmo o comportamento das namoradas de cada um...

As loiras sempre aparecidas demais, atraentes, os faziam

de “gato e sapato”.

As morenas não ficavam pra trás, astutas, os enlouqueciam

a cabeça de tal forma que por pouco os pobres não tentavam suicídio.

Depois de tanto observar: Observei que nenhum deles havia namorado uma ruiva.

Logo me pus a namorar.

Foi a partir de então que descobri que nem sempre

aprender com os outros da certo, e nota-se logo com a surpresa da paixão: Você sai pra milhares de festas, bares, boates... em busca de um amor... e nada, nem se quer um beijo. Mas você é guerreiro e não desiste, no próximo fim de semana tenta de novo,

e nada.

E tenta, tenta, tenta, tenta...........

Então você perde a paciência.

Desiste.

Por um motivo quase cabalístico você esta andando pela rua, uma tarde de sábado, pensando nas contas e nos serviços que te esperam na manhã de segunda feira, então se depara com a coisa mais perfeita que seus olhos já avistaram...

Aquela ruiva das pernas torneadas,

um cabelo de da inveja em Tony Ramos,

aquela boca de causar cobiça em Cicarelli.

E é ai que você se lasca.

Surge a primeira pergunta: “Quem é ela?”.

A partir de então brota uma paixão platônica.

Você passa admirá-la à distância

e nem nota que esta cada vez mais envolvido.

Acontece um encontro súbito, rola uma conversa,

você revela o encanto.

Ela morre de ri, mas, gosta da idéia....

Você então a convida para um reencontro.

Nada demais: “Aniversário de um amigo, vamos tomar algumas cervejas, conversar um pouco”.

Mas você esta desesperado.

Veste a melhor roupa,

pega o carro do amigo emprestado,

O carro atrapalha... Pega um Táxi

Chega a casa dela faltando 1 minuto para que ela exonerasse a idéia de sair com você nos próximos 1000 anos.

A festa rola.... e rola um beijo... e que beijo!

No outro dia você liga, e se liga que ela ta na tua.

Mas você ta muito mais na dela.

Começam a namorar.

Aquela paixão que era platônica se torna amor.

É justamente a partir desse “exato momento” que chego à conclusão: No amor não adianta se privar, se esconder, ou muito menos tentar preparar o coração.

O amor vai te encontrar, vai te fazer perder o juízo.

Você vai ficar bobo, vai cair nas mesmas ciladas que seus amigos.

O amor vai te fazer correr por caminhos que você jurava nunca caminhar.

O amor vai te surpreender como me surpreendeu.

Pois bem, eu sou a prova viva da minha crença.

Observei, me precavi e acabou acontecendo: Me peguei a namorar

uma ruiva que em carne e osso das morenas e das loiras que eu tanto

repugnava, me enlouquece, me faz de “gato e sapato”... “Tira-me do sério”.

E ainda assim me ponho a escrever para ela poemas e frases de amor.

E juro estar vivendo os dias mais felizes da minha vida.

É o amor surpreendente claro e inesperado.

Valcy Silva

Valcy Silva
Enviado por Valcy Silva em 01/07/2010
Código do texto: T2351759