Mulher...

Mulher....

Uma amiga minha, vira e mexe entra em parafuso... Ela pertence àquele pequeno grupo de mulheres que parecem não fazer parte da evolução humana! Oh pessoinha que não aprende nunca, tamanha sua estagnação!

Ao término de um relacionamento desastroso, por exemplo, e por incontáveis vezes, ela está lá, sempre pronta a desistir de quem a fez sofrer – mas apenas até que o encontre novamente, fato que pode durar desde a algumas poucas horas até a alguns poucos dias.

Pronto, passou, esqueceu... de tão desorientada na vida! É inexplicável isso! A loira leva a fama, mas, a coisa é de terráquea burra mesmo. Embora viva a reivindicar o status de originalidade, não tem jeito... é desmiolada demais!

Trata-se daquela carente que insiste em enxergar no amado apenas o que lhe convém; como a querer viver em constante sofrimento. É, porque ver e logo em seguida antecipar desculpa pra ele, só se pode concluir que ela gosta de sofrer. É uma masoquista nata essa minha amiga!

Alguém já viu homem chorando no trabalho apenas porque ela não ligou? Não! Mas essa mulher chora, grita, arranca os cabelos, esperneia...

Alguém já viu homem querer ficar trancado no quarto sem querer ir ao trabalho ou a qualquer outro lugar, apenas porque ela não enviou sequer uma mensagem? Não! Mas essa mulher quer e às vezes até se tranca mesmo! Isso vai depender do estágio em que a doença se encontra.

Alguém já viu homem perder o apetite (ela talvez até se aproveite disso), apenas porque ela esqueceu o dia em que os dois, pela primeira vez, foram juntinhos levar o Totó para tomar um banho de sol?

Não! Mas essa mulher perde!

Ah! tem mais... Aquela caixa de chocolate, lembra dela? Foi levada para o quarto e devorada inteirinha e mais um litro de coca-cola. Depois fica por lá mesmo... arrotando e engordando feito uma porca e, ainda reclama da vida!

Como se não bastasse, é sem sorte porque eis que surge outra amiga no pedaço... É! E pronta para dar aquela força venenosa: “_ Filha, acabooouu! Ele tá com outra, não percebeu ainda?!“ Frase que costuma ser dita em eco que é pra ter certeza de que a infeliz escutou direitinho com o propósito de vê-la despencar de vez. O relato é da maldade e não propriamente de algo dito pra fazer com que alguém se levante e tenha uma reação construtiva pra si mesma.

Sem siso algum, contenta-se com esporádicas e miseráveis migalhas de amor regadas com um pouco de carinho e atenção.

Dizem especialistas no assunto que, basta um cafuné para que este tipo de mulher rapidamente determine sem pestanejar: “- Este é o cara! Eu sempre soube que era ele, o homem da minha vida!” e vão logo dando um jeito de perguntar pro fulano: você gosta de criança? Pronto, afugentou o moço!

E foi isso mesmo, pode?

Problema, né?

Mas não é um problema meu; graças a Deus! É da minha amiga e ela administra como pode ou como quer. Porque eu já tentei mas, depois de tantas recaídas dela, chequei à conclusão de que absolutamente nada do que eu diga ou faça por ela, vai fazê-la mudar de idéia, de verdade!

Pergunto-me, se há um tempo certo para que a mulher se convença de que as melhores coisas vêm quando ela se ama em primeiro lugar, bota a maior fé em si mesma, anda no salto, de cabeça erguida e com os pés no chão... pode e deve sonhar sim, mas não pode e não deve se iludir! Porque acreditar em uma ilusão é querer encrenca que, com certeza, vai desembocar numa frustração.

Tudo faz parecer que é exatamente isso o que ela quer, ao sofrer em constantes gangorras de esperanças, desesperanças... a permear sua existência...

Acorda, mulher!!

São José dos Campos, 25 de junho de 2010

Quíron
Enviado por Quíron em 26/06/2010
Reeditado em 28/06/2010
Código do texto: T2342834