Cenas do quotidiano em uma lan - house

A garota chegou, tentou logar a máquina que estava disponível, mas a sua senha não entrava. Questionou a atendente sobre o motivo do não acesso e, a atendente explicou-lhe que, a senha havia sido bloqueada. A garota chamou o seu irmão mais velho, também garoto, para contra-argumentar com a atendente, mas a atendente solicitou aos dois a presença da mãe ou do pai deles.

A garota e o irmão saíram da lan-house e, após dez minutos, retornaram com a mãe que soltava fumaças pelas ventas.

- Por que vocês bloquearam a senha da minha filha? Perguntou.

- Porque ela estava utilizando senhas das amigas e gastando os créditos delas, e isto fere o regulamento da lan-house, respondeu a atendente, calmamente. Sua filha foi advertida três vezes e não se corrigiu.

- Por gentileza devolve os créditos da minha filha, é o meu direito! Argumentou a mãe.

-Sem problema, senhora, devolvo – lhe agora mesmo, completou a atendente e prontamente devolveu. A mãe ao receber o dinheiro em devolução, relativo aos créditos ainda existentes, olhando para a filha e, em tom ameaçador, cheio de autoridade ,disse - lhe: - Vamos embora filha, procurar outra lan house, pois esta aqui não é a única existente, aqui na COHAB! você não ficará sem acessar o seu computador.

Moral da história: A mãe, ao invés de dar um corretivo pedagógico para o pequeno delito cometido pela garota, apenas se posicionou em defesa da mesma, alimentando o que poderá acarretar em um desvio de conduta e de caráter, num futuro bem próximo, ou não? Depende do ponto de vista de cada um. Utilizar senhas, mesmo de amigos ou de parentes, sem a devida autorização, seria crime ou não? Para mim sim. Talvez para aquela mãe, não. Como diz uma antiga máxima: A educação vem do berço, do seio da família. As crianças muitas vezes são, ou melhor , na maioria das vezes, os vídeos tapes da família. Acho eu que, pelo menos, um pequeno castigo, como o de ficar sem acessar computador por um mês, explicando que, o que a filha fez não é correto, seria a melhor saída para moldar o caráter de uma cidadã para o futuro, mas concluo que, o caráter da mãe, seja o ponto mais cruciante nesta história e , ela, é quem seja a pessoa já com desvio de caráter ou sem condições culturais para educar um filho. Não a estou julgando, mas apenas argumentando sobre este fato constatado hoje à tarde, na lan house que visito de vez em quando ao passar em frente, sempre que vou fazer compras em um supermercado que está próximo dela.

É isto.

Joãozinho de Dona Rosa