I wish I had an Angel
Estava eu dirigindo meu carro, retornando do mercado, e me peguei dando atenção a uma música, um rock gótico, em que a sentença cantada que me marcava a mente era: "I wish I had an Angel".
Do nada, minha mente variou a frase, não sei se em um inglês correto, para "I wish you all have an angel", e automaticamente iniciei a pensar.
Acho que todo homem virtuoso e de bem, gostaria que anjos existissem. Seria maravilhoso se cada um de nós tivesse um anjo para nos guiar, para nos ajudar e para nos acompanhar. O mundo seria muito melhor, caso todos tivéssemos um anjo. Mas o mundo real é frio, o mundo em si não é bom nem mau, ele simplesmente é.
A complexidade natural, dos quase infinitos eventos simultâneos, com sua série ininterrupta de causalidades diretas, e de suas interferências múltiplas indiretas, é impossível de ser mapeada.
O mundo é, agora, a soma, ou o produto, ou mesmo a exponencial das possibilidades incalculáveis de tudo que já foi, de tudo que quase foi, e também de tudo que agora é. Não obstante essa super complexa situação, o mundo é também o que os seres vivos nele fazem, já fizeram, ou simplesmente começarão a fazer.
Estamos agora, eu, você, nosso semelhante do outro lado do planeta, interferindo ativamente na realidade dos campos viventes neste planeta. A energia total, que de forma imanente atua, decorre do que todos os seres viventes, e não somente os humanos praticam. Seria de uma ultrajante vaidade crer que somente nós somos importantes neste planeta, e que ele exista somente para nosso deleite. Acreditar que as coisas são como são, apenas e tão somente, para permitir a onipresença vaidosa, e a revoltante onipotência humana, em todos os nichos geográficos, é de uma miopia existencial que beira a ingenuidade.
Neste mundo, somos muito pouco. Talvez sejamos alguma energia espúria, neste campo de vida universal. O mundo, com certeza, seria muito mais natural sem nossa ardilosa presença. Mas o mundo não é o que deveria ser, ele simplesmente é o que é, e ponto.
Neste mundo anjos não parecem existir, não devem existir, e eu creio que não existam enfim. Sei que em hipótese alguma, minha interpretação e crença da não existência de anjos, seja mais válida do que a dos que neles creem. Apenas tenho ao meu favor a que quem afirma a existência de algo, é que detêm o ônus da prova. Se algo existe, tem de ser possível comprovar sua existência. Eu tenho apenas evidências de sua não existência. Ninguém pode provar que algo não existe. Mas para provar que algo existe, basta apresenta-lo.
Ao meu modo de ver, a vida humana não possui nobreza especial alguma para merecer algum acompanhamento superior. O que o mundo me mostra é que somos, em nossa ampla maioria, perversos, vaidosos, mesquinhos e mesmo maus.
Nossa ética, nossa dignidade, nosso amor, acabam em sua maioria sendo reflexos falaciosos de nossa existência mesquinha e pequena. Se soubéssemos, como o AMOR é realmente poderoso, e como ele é capaz de ser nosso balsamo maior, deixaríamos de procurá-lo fora de nós, e o encontraríamos latente, adormecido mas cheio de força e vigor, dentro de nossa mente.
Assim, infelizmente, creio que anjos somente existam em letras de música, em romances ou nas mentes daqueles que os constroem a imagem dos seus desejos.
Já que não somos especiais, já que talvez não tenhamos anjos a nos guiar, nossa responsabilidade por este mundo, pelas nossas vidas, pelas vidas de todos os nossos irmãos em genética, e também nossa responsabilidade pela total variedade de seres vivos é muito maior.
Nós somos totalmente responsáveis pelos nossos atos. Não somos responsáveis pela nossa situação na vida, ela decorre de resultados cruzados da diversidade e da complexidade do todo. Mas independente do que somos, é nossa responsabilidade cuidar do todo, buscar a dignidade humana do maior número possível de pessoas, pelo maior espaço de tempo possível, na maior área geográfica possível. Buscar a felicidade deve ser uma das sinceras metas de nossa vida.
Já que o sofrimento é inevitável, devemos buscar minimizá-lo ao máximo, sem distribuir nosso sofrimento para os outros.
Amigos, somos enfim resultado do que nascemos, do que o mundo nos deixou de legado, mas somos também o resultado do que queremos ser, e do como agimos.
Enquanto a miséria for parte ativa deste mundo, chega a me causar náuseas imaginar que estejamos preocupados com a vida futura, com a nossa salvação, quando nossos irmãos estão sofrendo agora, aqui, no presente, sem expectativa sequer de viver o presente futuro.
Estava eu dirigindo meu carro, retornando do mercado, e me peguei dando atenção a uma música, um rock gótico, em que a sentença cantada que me marcava a mente era: "I wish I had an Angel".
Do nada, minha mente variou a frase, não sei se em um inglês correto, para "I wish you all have an angel", e automaticamente iniciei a pensar.
Acho que todo homem virtuoso e de bem, gostaria que anjos existissem. Seria maravilhoso se cada um de nós tivesse um anjo para nos guiar, para nos ajudar e para nos acompanhar. O mundo seria muito melhor, caso todos tivéssemos um anjo. Mas o mundo real é frio, o mundo em si não é bom nem mau, ele simplesmente é.
A complexidade natural, dos quase infinitos eventos simultâneos, com sua série ininterrupta de causalidades diretas, e de suas interferências múltiplas indiretas, é impossível de ser mapeada.
O mundo é, agora, a soma, ou o produto, ou mesmo a exponencial das possibilidades incalculáveis de tudo que já foi, de tudo que quase foi, e também de tudo que agora é. Não obstante essa super complexa situação, o mundo é também o que os seres vivos nele fazem, já fizeram, ou simplesmente começarão a fazer.
Estamos agora, eu, você, nosso semelhante do outro lado do planeta, interferindo ativamente na realidade dos campos viventes neste planeta. A energia total, que de forma imanente atua, decorre do que todos os seres viventes, e não somente os humanos praticam. Seria de uma ultrajante vaidade crer que somente nós somos importantes neste planeta, e que ele exista somente para nosso deleite. Acreditar que as coisas são como são, apenas e tão somente, para permitir a onipresença vaidosa, e a revoltante onipotência humana, em todos os nichos geográficos, é de uma miopia existencial que beira a ingenuidade.
Neste mundo, somos muito pouco. Talvez sejamos alguma energia espúria, neste campo de vida universal. O mundo, com certeza, seria muito mais natural sem nossa ardilosa presença. Mas o mundo não é o que deveria ser, ele simplesmente é o que é, e ponto.
Neste mundo anjos não parecem existir, não devem existir, e eu creio que não existam enfim. Sei que em hipótese alguma, minha interpretação e crença da não existência de anjos, seja mais válida do que a dos que neles creem. Apenas tenho ao meu favor a que quem afirma a existência de algo, é que detêm o ônus da prova. Se algo existe, tem de ser possível comprovar sua existência. Eu tenho apenas evidências de sua não existência. Ninguém pode provar que algo não existe. Mas para provar que algo existe, basta apresenta-lo.
Ao meu modo de ver, a vida humana não possui nobreza especial alguma para merecer algum acompanhamento superior. O que o mundo me mostra é que somos, em nossa ampla maioria, perversos, vaidosos, mesquinhos e mesmo maus.
Nossa ética, nossa dignidade, nosso amor, acabam em sua maioria sendo reflexos falaciosos de nossa existência mesquinha e pequena. Se soubéssemos, como o AMOR é realmente poderoso, e como ele é capaz de ser nosso balsamo maior, deixaríamos de procurá-lo fora de nós, e o encontraríamos latente, adormecido mas cheio de força e vigor, dentro de nossa mente.
Assim, infelizmente, creio que anjos somente existam em letras de música, em romances ou nas mentes daqueles que os constroem a imagem dos seus desejos.
Já que não somos especiais, já que talvez não tenhamos anjos a nos guiar, nossa responsabilidade por este mundo, pelas nossas vidas, pelas vidas de todos os nossos irmãos em genética, e também nossa responsabilidade pela total variedade de seres vivos é muito maior.
Nós somos totalmente responsáveis pelos nossos atos. Não somos responsáveis pela nossa situação na vida, ela decorre de resultados cruzados da diversidade e da complexidade do todo. Mas independente do que somos, é nossa responsabilidade cuidar do todo, buscar a dignidade humana do maior número possível de pessoas, pelo maior espaço de tempo possível, na maior área geográfica possível. Buscar a felicidade deve ser uma das sinceras metas de nossa vida.
Já que o sofrimento é inevitável, devemos buscar minimizá-lo ao máximo, sem distribuir nosso sofrimento para os outros.
Amigos, somos enfim resultado do que nascemos, do que o mundo nos deixou de legado, mas somos também o resultado do que queremos ser, e do como agimos.
Enquanto a miséria for parte ativa deste mundo, chega a me causar náuseas imaginar que estejamos preocupados com a vida futura, com a nossa salvação, quando nossos irmãos estão sofrendo agora, aqui, no presente, sem expectativa sequer de viver o presente futuro.