PICADEIRO DA VIDA.

A vida é engraçada/embaçada/esgarçada/embaraçada/

escancarada em todos os sentidos/sentimentos.

As emoções se confundem/se difundem/se unem/desunem

á cada milênio/segundo.

Não dá para explicar/falar/descrever/escrever emoções/

dedicações/abstenções/obtenções.

Não tem como não chorar de rir/sorrir para não chorar,

adormecer para acordar/despertar para sonhar e sobreviver do

sonho.

Não tem jeito de se contemplar o horizonte no ocaso/aurora

sem reparar em seus matizes/matrizes de sons coloridos e cores

que acalantam em silêncio.

Os sentimentos se dispersam e se encontram. Amor,paixão

raiva,saudade,lembrança do que já foi/ansiedade pelo que virá

( virá ?).

A noite e suas claridades raras se difere e completa o dia

com suas incansáveis sombras, penumbras de infinito.

A chuva nas plantas ao lado do quarto da filha adormecida,

o silêncio de uma tarde entre manhã e noite de festa pela vida.

Ah! A vida Bela, intocada, efeito do tempo que tudo faz/desfaz

cura/fere,parteia e mata.

O tempo. O melhor e mais amargo remédio para tudo,ou para

nada, afinal quando se tem tudo não há nada para esquecer e

deste nada que brota em pequenas gotas dos olhos e do peito,

sendo a chuva da alma em festa profunda, exuberante, radiante

ou em dor de luto/luta,fuga/procura, guerra pela paz.

Não, não há como não falar das emoções.

Ah! O amor, a paixão, o desejo que explode em tesão.

E é assim de dia ou de noite, de século a segundo,de riso

e de lágrimas, de oi e de adeus, que se faz e desfaz o faz-de-conta

onde todos labutamos de forma comicamente trágica ou tragica-

mente cômica.

As pedras e as estrelas, o sal e o sol, a vida e o aquém/além

vida, o ontem que vive ,o amanhã muitas vezes sem querer ser

hoje.

É festa.

É festa!

É festa?

E não há como negar que a vida de tão engasgada/engraçada

faz rir e chorar por vezes com o tênue fio de um beijo/desejo

realizado/ contido/ardido/perdido, tonto de prazer/torto de medo.

Mas, a vida é que nos oferece um beijo sonhado/roubado, um

sorriso fugidío, um olhar de para sempre e um até breve ecoando

no mar.

Somos malabares em eterna apresentação do picadeiro deste

enorme palco de espetáculos que se chama : vida.

Márcia Barcelos.

13/02/2009.

Márcia Barcelos
Enviado por Márcia Barcelos em 24/06/2010
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