São João viaja no disco voador tomando hidromel e lendo nota de solidariedade
Parece título de folheto de cordel, mas não é. Sendo hoje 24 de julho, é dia de São João, do disco voador e do mel. A solidariedade fica por conta de mensagem que recebi do jornalista Fernando Gasparini, Mestre em Comunicação pela Universidade Federal Fluminense, coordenador e sócio-fundador do Projeto ArteSivuca - Maestro da Sanfona Brasileira, com apoio do Ministério da Cultura. A nota veio a propósito da ação judicial que respondo por “difamação”, movida pela viúva de Sivuca. Ei-la:
“Eu, Fernando Gasparini, jornalista, venho, por meio deste e-mail, prestar os mais profundos votos de solidariedade ao meu colega de profissão Fábio Mozart. Não há nada neste texto que ofenda ou denigra a imagem de ninguém. Pelo contrário, trata-se de um artigo opinativo. E no nosso país gozamos do direito de liberdade de imprensa, isto é, o direito de expressar livremente nossas opiniões, independentemente de agradar ou não a terceiros. Repito, não há neste artigo nenhuma ofensa, calúnia ou difamação que justifique qualquer ação judicial.”
O dia do disco voador é consagrado mundialmente. Foi em 24 de julho de 1947 que aconteceu um fenômeno. O piloto civil Kenneth Arnold voava em seu pequeno monomotor Piper, entre Chehalis e Yakima, no Estado de Washington, quando avistou nove discos voadores voando em formação na velocidade em torno de 200 quilômetros por hora. Ao contar o caso, o piloto descreveu os objetos como discos voadores ou pratos lançados sobre a água. Pronto, estava inventada a fantasia que embalou astros como Raul Seixas, ele que também era fã de hidromel e chá de filosofia.
Hoje também é dia do mel, que me faz lembrar os dias de minha juventude, quando existia o famoso hidromel São João. O hidromel era a bebida dos deuses, o néctar que veio antes do vinho e da cerveja nas mesas e prateleiras da civilização. Antes de Cristo já se bebia hidromel. O cristianismo consagrou as bebidas feitas de uva. O livro do Eclesiastes, no antigo Testamento, descreve o vinho como “gozo do coração e alegria dos homens” e que o Novo Testamento o consagra como representação do sangue de Cristo. Vinho e hidromel então, para louvar São João.
Os discos voadores de fato existem. Eles vêm à terra para conhecer outras formas de vida inteligente. Ao sobrevoar os campos de futebol na África do Sul e ver aquelas multidões vestidas espalhafatosamente e soprando cornetas de plástico, muitos deles recentemente voltaram aos seus planetas de origem com relatórios nada favoráveis a nosso respeito.