E AGORA MARADONA?

Maradona, a atleta mais fanfarrão do século, disse um dia que foi "la mão de Dios", referindo-se a um gol de mão que fez numa Copa do Mundo. Também, por algumas vezes, quando o assunto envolvia a performance de brasileiro em Copas do Mundo, sempre se vangloriava das suas façanhas nada convencionais, que na maioria das vezes faziam apologia aos 'malandros' de plantão.

Contou um comentarista esportivo (num programa que não me recordo) que um dia Zico, jogando contra Maradona, fez referência à uma jogada desleal dentro de campo, quando se enfrentavam num jogo da libertadores e o Argentino simplesmente estendeu uma das mãos ao "Galinho de Quintinho" com um sorriso cínico, apenas dizendo: - Prazer, sou o Maradona desonesto! Fica claro, com esse gesto, que o Maradona não faz questão nenhuma de ser exemplo, porque prefere ficar com a sua falta de humildade e o seu cinismo.

A pergunta que fica no universo do futebol, é como uma pessoa tão desaconselhável como exemplo, ainda é mantida para comandar um escrete Nacional? Aí fica a sensação que os Argentinos não conseguem separar o ídolo do homem. O ídolo foi alguém que passou e que só deixou boas lembranças enquanto estava dentro de campo. Mas daí arregimentar uma pessoa tão polêmica para comandar um time de futebol, acho que as pessoas que estão dirigindo a Confederação Argentina só querem ibope, já que o dito treinador quase colocou a Argentina fora do mundial deste ano.

É certo que Maradona tem um ótimo time às mãos, que talvez nem precise de um treinador. Mas quem garante que num momento de dificuldade o comandante não vai "espanar" ? Afinal, o dito cujo desconhece as regras da simplicidade e do respeito ao semelhante. Quem se vangloria de um gol de mão, não pode ser alguém que encarna uma luta justa, porque foge da trilha da competição, já que ninguém pode achar que driblar as regras do jogo, seja a melhor forma de alcançar sucesso.

Mas depois do jogo do Brasil contra a seleção da Costa do Marfim, pela estrábica visão do Maradona ele foi alcançado até na malandragem que costuma pregar, pois o Luiz Fabiano o superou em tudo nesse requisito, já que suas mãos funcionaram em duas oportunidades, antes de fazer o segundo gol do Brasil. Não venha o brasileiro dizer que temos de ficar se vangloriando em face desse gol, embora a forma da jogada tenha sido elogiável, mas que, pela regra do jogo, não deveria ter prosseguimento porque maculada por um ato proibido no futebol (o toque de mão ou de braço). Vamos ficar atentos ao exemplo negativo de Maradona e evitar que nossa euforia se manifeste quando haja menção a esse jogada, pois não me parece correto ficar falando de uma jogada irregular em detrimento da outra parte envolvida, já que não nos custa olhar para o outro lado e ver a decepção dos adversário quando souberam que estavam sendo ludibriados por um lance proibido. Evidente que essa atitude consciente não deve se ser dedicada aos jogadores da Costa do Marfim que foram extremamente desleais dentro de campo, praticando jogadas que colocaram em risco a integridade física de nossos jogadores, chegando ao ridículo de fingir que recebiam a mesma dose de jogadas desleais, culminando na expulsão do Kaká. Uma coisa não justifica a outra. Quem não merece essa decepção é povo da Costa do Marfim, que foram ludibriados duas vezes nesse episódio; uma, pela jogada irregular e, outra, pelas atitudes anti desportivas dos seus representantes dentro e campo.

Nós brasileiros não devemos seguir a lógica do Maradona. Temos de parar de achar que as coisas que andam ao lado da malandragem são atos que nos engrandecem. Isso não é bonito nem é aconselhável, pois quando o povo critica seus políticos, mostra a sua indignação com atitudes incorretas e que ferem a ética. Assim, seria hipocrisia esse mesmo povo quando vê um ato incorreto passe a achar que vindo em nosso benefício; tudo pode ocorrer.

Quando Maradona disse ao mundo que a mão que colocou na bola era a "mão de Dios" não sabia ele o tamanho da blasfêmia que estava pronunciando, pois comparar Deus aos seus atos vis é o mesmo que comparar a escuridão com a claridade do dia. São valores completamente opostos.

Entretanto, a pergunta hoje é: - E agora Moradona? Será que dentro da sua visão grotesca da coisas, ainda continua a se achar o melhor do mundo? Alguém partidário dessas coisas grotescas deve estar afirmando "ao dono do egocentrismo" que ele perde até para o fundamento 'mão na bola', haja vista que a jogada de Maradona nem se compara à de Luiz Fabiano, que, caso fosse regular, só poderia ser comparada com jogada do Rei do futebol, o Pelé, quando estreava com a 'amarelinha' ao dar um chapéu no adversário e sem deixar a bola cair ao chão concluiu para o gol.

Machadinho
Enviado por Machadinho em 22/06/2010
Reeditado em 22/06/2010
Código do texto: T2334297