BRASIL E COSTA DO MARFIM
Quem foi pra frente da TV no domingo, ver o tal homem-gol da Seleção da Costa do Marfim, Didier Drogba, acabou assistindo ao show do Luiz Fabiano, o Fabuloso, centro-avante da seleção canarinha, que voltou a marcar em grande estilo.
O jogo começou com o Brasil a toda, partindo com velocidade pra cima dos homens daquela seleção africana, mas logo depois caiu em ritmo cadenciado. Dunga escalou os mesmos de sempre, Julio Cesar no gol, a zaga com Maicon, Lucio, Juan e Michel Bastos, volantes Gilberto Silva e Felipe Melo, meio de campo com Kaká e Elano, Robinho e Luiz Fabiano no ataque.
O time parecia mais disposto do que no primeiro jogo, contra a Coréia do Norte, mais solto no gramado, até desenvolvendo certa velocidade. Tocavam a bola, trocavam passes, cruzavam, desferiam alguns chutes a gol, mas nada que levasse grande preocupação ao goleirão marfinense.
No segundo tempo, Luiz Fabiano é lançado por Kaká, dispara, dá um lençol no primeiro zagueiro adversário, mais outro num segundo defensor, ergue o braço e mata a bola no ombro que lhe escorrega na maciota pelo peito, avança e dispara uma bomba de perna direita, estufando as redes do arco contrário! Galvão Bueno grita, amalucado “- É gol, é gol brasileiro, minha gente! ...”
Os jogadores da Costa do Marfim se apavoram, começam a dar botinadas, o juiz passa apertado para controlar a partida no aspecto disciplinar. Mas os brasileiros não se intimidam, continuam pressionando e impondo a sua maior categoria. Aí o Luiz Fabiano é novamente lançado, penetra e dispara novamente ao arco contrário, fazendo outro belo gol e comemorando festivamente com os seus companheiros! “- É nós na fita, uai! ...”, como diria um malandro que torcia na “arena” da Praça da Estação em Belô, vendo o jogo transmitido no telão armado pela Prefeitura. E a rapaziada cai na folia, aos gritos, abraços, risos, choros de alegria! ... Felicidade à flor da pele!...
Bola de novo rolando e o Brasil parte pra cima, o meio de campo tocando a redonda, triangulando as jogadas. Elano desce, recebe, corre, toca pro gol e marca seu segundo gol na Copa, sendo efusivamente cumprimentado pelos colegas da seleção. Corre pra torcida, abaixa os meiões, retira as caneleiras e as exibe pra galera com os nomes de suas duas filhas escritos naquelas peças esportivas.
A partida segue, os africanos distribuindo pontapés a torto e a direito, acertam Elano numa falta desclassificante, quase fraturando a perna do volante brasileiro, que sai carregado para os vestiários. E aí o tal do Didier Drogba desce num ataque deles, recebe um cruzamento e aplica uma cabeçada quase de raspão na pelota, colocando-a no canto esquerdo do nosso Julio Cesar, tido hoje como “o melhor goleiro do mundo”, segundo a própria imprensa européia.
O juiz francês, meio perdido em campo ante a violência que campeia graças aos viris jogadores africanos, ainda expulsa o nosso Kaká, o qual foi na onda de um atleta marfinense, o qual partiu pra cima dele, deu-lhe uma trombada e fingiu ter sido atingido por cotovelada sua no rosto, caindo ao chão e encenando muito.
Daí a pouco termina o jogo, para alívio dos marfinenses e delírio da massa verde e amarela, cuja seleção canarinha praticamente assegurava a sua classificação à fase seguinte da Copa do Mundo, edição 2010. Parabéns ao Dunga, seus comandados e um abraço especial ao Luiz Fabiano, o Fabuloso, que finalmente quebrou o “jejum” e voltou a marcar!
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B.Hte., 21/06/10