Saudades diferentes

Num futuro próximo é possível que não haja certo tipo de saudosismo: o da música por exemplo. Com exceção da música erudita, certamente não haverá nos corações e mentes das gerações atuais uma saudade como a que os sessentões de hoje têm da música pop. Pudera! (Vou cair no lugar comum agora) – a música, sobretudo a brasileira, de hoje pena, pena muito, quando não bebe nas fontes dos anos 70 a 90’s. De Caetano a Renato Russo, de Gonzagão a Cássia Eller a saudade se justifica. Por isso, nesse tal futuro quase não há de quem ter saudade... Na música internacional o punk provavelmente fechou um ciclo que somente uns Strokes ou umas Winehouse’s tentam encerrar com um novo, porém são poucos os ineditismos, as criações realmente significativas na quantidade e qualidade. Quem sabe, a saudade da música será substituída por outras saudades! Sim, porque com os novos costumes, parece que não tanto espaço assim para se “ouvir” ou, para ser mais anacrônico, “curtir um som”. São tantas as geringonças nas quais as pessoas se ocupam hoje que, é possível que no futuro se tenha saudade de um bom e velho MSN, de um game de última, dos torpedos pelo celular, das baladas, rave’s, etc., mas da música, pura e simples que ainda tem os mp3 de celular como aliados, sei não!