Os PAIS e a responsabilidade que deveria ser eterna
Li uma decisão judicial em que os pais adotivos, que ainda estavam no início da adoção e, portanto, ainda no processo de adaptação, devolveram a criança ao abrigo porque começaram um processo de separação do casal. Percebendo-se sem condições psicológicas, ambos sentiram-se despreparados para tal responsabilidade. Por isso, o casal foi condenado a pagar uma pensão alimentícia para a criança até sua maioridade.
Agora, concordo que não se pode brincar com os sentimentos de uma criança, afinal quando eles decidiram adotar a menina, não podiam simplesmente depois devolvê-la como se fosse uma coisa. Pai e mãe não deixam de ser pai e mãe. Todavia, quantos pais biológicos por aí batem, maltratam, abandonam, violentam sexualmente seus filhos, e, na maioria das vezes, a única penalidade que sofrem é a perda da guarda do filho. Isso, sim, é que está muito errado!
Se um pai ou uma mãe que botaram aquela criaturinha no mundo, que são responsáveis por aquela criança ter vindo ao mundo, são capazes de feitos abomináveis a ponto de perdê-la, no mínimo, devem pagar uma pensão até sua maioridade. É pouco, mas é o mínimo que eles deveriam ter de fazer.
Por outro lado, sabemos que muitos dos pais que perdem a guarda dos seus filhos são pessoas desfavorecidas socialmente, mas se são, deveriam ter pensado nisso antes de os tê-los. O que não pode é os pais ficarem isentos da responsabilidade com seus rebentos.
Deveriam perder a guarda, mas não a responsabilidade para com eles.