UMA SURPRESA ESPECIAL: MARAVILHAS DE INHOTIM

Neste fim de semana ganhei um presente especial: uma visita ao fabuloso museu de arte contemporânea a céu aberto, o Instituto Inhotim. A surpresa me foi feita por quem conhece minha alma: Hugo e Debora, minha filha, acompanhados do casal de amigos, Jeniffer e Alexandre. As maravilhas desse parque ficam em Brumadinho, a 60 km de Belo Horizonte. Com certeza, um dos lugares mais bonitos que já vi. Quem conhece sabe do que falo.

O complexo museológico do Inhotim existe desde 2004. Surgiu de um projeto do empresário Bernardo Paz. Possui uma área formada de 486 mil m² de jardins, a princípio, projetada pelo grande paisagista Burle Marx, com 4 mil espécies botânicas em cultivo, toda cercada por mata nativa. Quem caminha por suas alamedas, transita por um dos mais majestosos jardins que a imaginação pode alcançar. O lugar é magnífico com seu rico acervo botânico e artístico.

A grande área, entre jardins e pavilhões, abriga cerca de quinhentas obras de artistas de renome nacional e internacional, incluindo música, pintura, escultura, desenho, fotografia, vídeo e outros. Desde abril de 2010, o Inhotim passou a ser reconhecido também como jardim botânico e conta com um dos maiores acervos de espécies vegetais do Brasil. O jardim, além da grande variedade de plantas, possui também cinco lagos ornamentais que são espetáculos de rara beleza.

Várias galerias de arte contemporânea se espalham pelo parque. Em cada pavilhão uma obra maravilhosa numa mostra fascinante do que a mente do artista é capaz de criar: pura beleza e originalidade. Em função da distância entre as obras, o parque dispõe de um serviço de locomoção interna a fim de facilitar o acesso a elas. O transporte é feito por meio de carrinhos elétricos com rotas predeterminadas. Tudo numa organização impecável.

As obras expostas nas galerias são um capítulo à parte. A sensibilidade na recriação de cenários de imagens, sons, cores, sensações e efeitos especiais, oferece de forma requintada uma ideia do que é a expressividade artística contemporânea. É a maravilha da criação emanada da alma do artista. É a própria arte incorporada de forma concreta, viva, vibrante, quase palpável. Realmente uma experiência inesquecível: um espetáculo artístico-cultural, enquanto os olhos descansam no verde, nos espelhos d’água sobre os quais deslizam cisnes e outras espécies de aves aquáticas, tudo numa paisagem de contos de fadas. Apenas quem vivencia pode saber.

Jamais esquecerei a sensação da tarde caindo sobre o lugar. As passarelas de pedras, o silêncio pairando sobre os lagos, o murmúrio do vento descendo da mata. Hora de dormirem, a música, as esculturas, as pinturas, e as demais obras-primas que por ali deslumbram as centenas de brasileiros e estrangeiros que as visitam diariamente.

Saio do paraíso, volto pro mundo real. Levo comigo na lembrança e nas fotografias as mais belas impressões das paisagens naturais e artísticas que tive o privilégio de ver. Levo também outra certeza: vou voltar. Ninguém consegue ir ao Inhotim apenas uma vez na vida...

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*Sobre o nome Inhotim: o que consegui saber é que Tim era um fazendeiro que viveu no local. E "inhô" em tempos idos era "Senhor". Daí, a junção Inhotim.