A Seleção Brasileira e os Onze Anões
Mudou a seleção brasileira de futebol. Mudam-se os personagens, a história, mas o conto ainda é infantil. A história está chata para os adultos. Foi boa, e muito. Foi categórica, habilidosa, rápida. Fazia-nos ficar vidrados em frente à televisão. O Dunga não é mais Dunga, agora é o Zangado. Esbraveja, bravo, semblante fechado. É mal educado com todos, fecha treinos. Tudo muito secreto. Parece estar se escondendo, é um Osama Bin Laden este agora Zangado. Está de mal com a vida, o antigo Dunga. O Zangado de agora deve ter muitas contas para pagar, muitos problemas. Deve sofrer com os malefícios da educação pública, com as filas do SUS, sei lá. A branca de neve da vez é Kaká. Ele é intocável, anda sob saltos, resmunga como poucos. O feliz é Robinho. Dança, ri, debocha. Saracoteia e pedala.
Pouco produz esta seleção. É metódica, me dá sono. E ainda temos o Galvão, com seus gritos fervorosos e quase já roucos de gol. O futebol regrediu, e muito.