A guerra dos sexos
Muitos psicanalistas, historiadores, sociólogos e cientistas comportamentais já apresentaram teorias e estudos abrangentes a respeito dos relacionamentos humanos, principalmente sobre os comportamentos diferenciados entre o homem e a mulher e suas implicações sócio-econômicas, religiosas, culturais, políticas, físico-emocionais etc., porém muitos pontos dessas considerações pecam pelo fato de possuírem profundas raízes nos parâmetros construídos através dos séculos pelo desenvolvimento “civilizado”, longe das realidades espiritualistas. O jugo machista no qual as mulheres vinham se sujeitado, e que ainda está bem vivo em países de costumes muçulmanos, criou um estado de desequilíbrio e de retrocesso no crescimento espiritualista da humanidade, a ponto de podermos afirmar ser ele um dos responsáveis pelo estado calamitoso em que o Planeta chegou. Parece ser difícil de aceitar tal conjetura um tanto esquizofrênica, portanto vamos tratar de colocar os prós e contras sobre a mesa de negociações.
Qual seria a situação natural do relacionamento homem/mulher? Entendam que, quando se fala em “natural”, a referência é sobre tudo que esteja de acordo com a Natureza, onde as ações devam se encaixar nos devidos lugares, ao passo que, ao invertermos os valores, a coisa desanda, com certeza. Primeiramente observemos a vida humana não civilizada, que deverá ser o modelo da vida natural, pois, pelo seu primitivismo, podemos dizer que se tratam de relacionamentos não corrompidos pela “modernidade” – assim poderemos verificar o exercício da natural harmonia nas relações familiares. Os homens, pela sua natureza mais agressiva, pelo físico mais avantajado e tenaz, normalmente assumem o papel de chefe da família, protegendo-a, provendo-a de moradia, alimentos e roupas, enquanto passa a caber à mulher os cuidados com o ambiente, a alimentação, as vestes e, principalmente, com o desenvolvimento da prole, enquanto não emancipados; por tudo isso, o homem embrenha-se na mata, desde cedo, voltando para o lar ao entardecer, enquanto a esposa permanece na comunidade. Quando em idade avançada, tanto o homem quanto a mulher são respeitados e recebem tratamento especial, muitas vezes sendo conselheiros e apaziguadores de desavenças, onde a sua palavra tem poder de decisão legal, pelo peso da experiência e da sabedoria adquirida pelo tempo e vivência.
Façamos, pois, uma análise do que está acontecendo nos dias de hoje: comecemos pelo comportamento feminino – a mulher, como resposta a séculos de submissão ao jugo masculino, ferrenho e machista, foi à luta e criou o tal de feminismo, cuja reação criou uma série de desencontros e guerra entre os sexos. Ora, pela lei da ação e reação, o feminismo, que se contrapôs ao machismo radical, só poderia chegar aos desastrosos resultados contemporâneos onde a mulher se “masculinizou” e, com isso, assumiu encargos tipicamente dos homens, como: posição de alto destaque em grandes empresas, e até de mandatários políticos; esportistas profissionais em jogos brutos, como futebol, boxe, levantamento de pesos, modelação física etc., isto sem falarmos da propagação do vício do fumo e álcool; cabeças no sustento do lar, muitas vezes sozinhas, responsabilizando-se pela casa e pelos filhos. Enfim, a liberdade conquistada rendeu-lhes o aprisionamento pelo acúmulo das funções originárias, somadas às que cabiam à responsabilidade masculina, saindo assim da concordância com a naturalidade das coisas.
Os homens, por outro lado, perderam o senso de encargo familiar, a ponto de começarem a agir de forma canalha com elas, como vingança pela perda do controle absoluto e radical que mantinham sobre as incautas; sendo assim, houve um aumento considerável de casos de mulheres que convivem com filhos de pais desconhecidos, ou que estejam em situação de desamparadas, ou ainda que estejam se submetendo a maus tratos constantes ou sustentando maridos vagabundos e alcoólatras. Por outro lado, muitos deles partiram para o homossexualismo, por frustração ou fuga do feminismo radical, e elas também, por simples afirmação feminista. _Pois é, será que assim tudo está bem? Até quando?