O EXILADO DE LANZAROTE
Meu avô tinha algo em comum com o avô daquele que em 1993, exilou-se por vontade própria em Lanzarote nas ilhas Canárias.
Meu avô, analfabeto e inculto, era dotado de uma sabedoria universal inexplicável. Não foi à toa que ele foi o homem mais importante da minha vida, pelas lições e exemplos que ao longo desta minha existência muito me serviram para os enfrentamentos que tive e continuo tendo com o mundo.
Não estou a altura desse que em 18/06/2010, no exílio e em Paz, deixou a Língua Portuguesa órfã, mas tal como ele, eu sou Escritor e Poeta, praticando o que me foi ensinado pelo meu inesquecível avô.
Com quem aprendi a ter amor pela vida e pelo verbo.
O avô desse Nobel exilado chamava-se Jerônimo Meirinho de Souza e o meu Antônio Corrêa Branco.
Os homens de hoje, não cultuam a memória de seus avós. Isso explica suas vidas vazias, suas crenças inúteis, suas palavras impróprias e suas ações sem sentido.
Imortal José Saramago!
”Fico cá com os versos meus
A lhe dizer de forma simples
Luso Poeta do mundo, ADEUS!”
Celso Corrêa de Freitas
CCF
Às 23h45min do dia 19/06/2010