ISAIAS 47 : 13-14 - DEUS, A SUA MÃO NOS SALVOU NAQUELA TARDE DE JULHO

Cansaste - na multidão dos teus conselhos; levantem-se agora os astrólogos, que contemplam os astros, os que nas luas novas prognosticam o que há de vir sobre ti. Certamente são como restolho; o fogo os queimará. Não podem livra-se do poder das chamas. Não é um braseiro com que se poderá agüentar, nem fogo para que diante deles se assentem. .Isaias 47 : 13-14

“Quando você passar pelo fogo, eu estarei contigo” Isaias.

Era uma linda tarde de julho, já nos finais dos anos sessenta. Dona Nenzinha, Dona Ruth, Dozinho, os dois filhos do seu Aluisio, mecânico e eu de contra peso partimos de Santa Maria da Vitória, em uma rural velha de cor verde sumo, com destino para a fazenda da barra de Dona Rosa. A finalidade da ida até a fazenda é justamente para ligar o motor de irrigação para encher o grande reservatório que já estava pronto e tinha sido construído para esse fim.

Dozinho era o motorista da rural naquela tarde, e à medida que as ruas calçadas e a rodagem iam ficando para trás ,a rural fazendo o seu percurso ia adentrando na estrada de areão e com muitas dificuldades vencia cada palmo de areia com muitas dificuldades até chegar à fazenda.

A fazenda era bastante arborizada. Lá existiam grandes pés de juazeiros, pés de jatobás, umbuzeiros, araticuns - cagões, laranjeiras, goiabeiras, jenipapeiros,cagaiteras, grão de galos etc. O reservatório foi edificado após o grande umbuzeiro que ficava antes da chegada do barranco, onde era o antigo criadouro de suínos.

Os filhos do seu Aluisio mecânico, abastecerem o motor enquanto esticamos a mangueira condutora da água para o reservatório, e após o motor ser ligado, ficamos observando a água caindo e enchendo a caixa d’ água.

Alguns até comentavam: como pode um motor tão pequeno, ter a potência suficiente para tirar a água do rio,que era bastante corrente, e transportar para uma altura de quinze metros e encher uma caixa grande como esta!

Lembro - me bem que de vez em quando, subíamos a a escada feita de ripas de madeiras para observarmos a água jorrando da mangueira e enchendo o reservatório.

Um dos filhos do sue Aluisio chegou até a comentar: - A tecnologia hoje é capaz de pegar um rio como este e colocar todinho dentro de um reservatório, brincou metaforicamente.

O reservatório já estava praticamente com a sua capacidade total cúbica, quase completa. Acho eu que era de aproximadamente uns vinte ou trinta mil litros de água. Dona Ruth, e Dona Nenzinha que estavam à beira do barranco, próximas do motor, gritaram para que nós descêssemos, pois o café que estava sendo preparado em um fogareiro improvisado, já estava pronto.

Saímos de cima e de perto do reservatório e seguimos para perto do motor para tomarmos o cafezinho quentinho com pedaço de pão com manteiga.Depois de decorridos cinco minutos aproximadamente, ouvimos um estrondo seguido com um barulho semelhante a de uma cachoeira. Dava se a impressão que o barulho das águas correntes do rio, tinha se transferido para cima do barranco, ao nosso lado. Foi uma questão de segundos. Ao olharmos para o lado, nos deparamos com uma enxurrada de águas e alvenarias ainda cobertas de cimento, rolando barranco abaixo, em direção ao rio Corrente. Para que se tenha uma idéia da pressão da água, o tijolo mais próximo da base do reservatório estava à distância de cinqüenta metros dele. Isto significou que, se estivéssemos ainda nas proximidades do reservatório, teríamos sido atingidos violentamente.

Alguém comentou: -Nossa que prejuízo! Dona Nenzinha respondeu prontamente:

- A mão de Deus nos salvou! O prejuízo poderia ter sido maior. E hoje entendo o porquê desta frase. Nós que estávamos em cima do reservatório ou perto dele poderíamos ter morrido. Na época, para mim foi apenas um fato para quebrar a rotina naquelas férias escolares de julho. E hoje certifico - me que Deus muitas vezes nos dá o livramento. Basta ver que, se houvesse acontecido cinco minutos antes o estouro do reservatório, poderia ter acontecido uma tragédia naquela tarde. Mas Através do chamado de Dona Nenzinha e de Dona Ruth, para tomarmos o café, foi a deixa da fala seguinte: Desçam que a caixa irá estourar em alguns minutos, e vocês precisam continuar vivos.

A perícia mais tarde descobriu que a construção feita pedreiro tinha sido totalmente edificada de maneira errada, sem ferragens, sem colunas de sustentação, totalmente imprópria para suportar tamanha pressão da água.

É O QUE HÁ