Língua travada
Meu filho Eduardo, aos 3, 4 anos, língua travada, não falava a letra “R”.
Um dia eu estava no quintal fazendo alguma coisa e ele tascou:
- Pai, pla quê isso?
Eu o corrigi, para dizer a frase certa:
- Filho, não é “pla quê” que se fala. É “pra quê”.
Ele, incisivo e senhor de si:
- Mas pai, eu não falei “pla quê”. Eu falei foi “pla quê”.
Achei engraçado, mas tive de explicar-lhe o que desejava saber.
Nessa época ele era um autêntico cientista maluco.