Cronista, Reencarnação e Psicólogo
Cronista, Reencarnação e Psicólogo
O pitaco na espiritualidade motivou a idéia da reencarnação.
Com autoridade de cronista assevero que a encarnação é e sempre será única, por isso a recomendação persistente para o respeito com ela, o cuidado para não submetê-la a exageros e riscos desnecessários, permitindo o seu desenrolar, usufruindo as benesses que a condição histórica ofereça, prolongando-a até o limite natural e espontâneo do reencontro com a matéria universal.
Com o olhar ingênuo na obra kardecista, atrevo a especular que a alma, o espírito é e sempre será único e, diferentemente da carne, infalível, mas do mesmo modo que ela necessita cuidados para não prolongar indefinidamente a busca pelo encontro natural e espontâneo com a “inteligência suprema”, o senhor de todas as coisas, cujo reino não é deste mundo.
Este mundo é o espaço sociocultural do corpo finito, onde desenrola sua existência, que dura tanto quanto as vicissitudes permitem, ainda que reencarnado.
A alma, o espírito, imortal, vive num reino que não é neste mundo e só transitoriamente por aqui passa, soprado no rosto pelo Todo Poderoso ou em processo de reencarnação, caminho missionário e expiatório, para, purificado ou ressuscitado no Juízo Final, encontrar triunfalmente a suprema grandeza de Deus!
Como ficcionista, a alma em conflito encontra lá “espíritos terapeutas” que a auxilia na transição para o mundo espiritual.
O Psicólogo, soprado ou reencarnado, cuida do corpo finito em dificuldade, ajuda-o aprender a viver no reino deste mundo, hostil e perigoso, mas único que existe para ele!