MUITO DE SEXO E POUCO DE AMOR
Sexo por si tem pouco significado. Na verdade, ele só ganha o significado quando se junta ao amor. Sexo por sexo é algo sem sentido, ato egoísta de afirmação vã. Esse desejo existe nos homens e está normalmente envolvido de contornos ou de patologia mental ou de uma traumatizante infância, fria e sem sentimentos.
O sexo é como o sal: sozinho fere o paladar, mas quando misturado a outros ingredientes dá origem a delícias supremas. Sexo é um ato de amor, não apenas de uma união física. Sexo não é um orgasmo colossal ou trepar de meia em meia hora. Sexo não se mede pela duração da relação, pelo número de vezes que é feito ou por qualquer outra coisa. Sexo não é uma luta, mas uma partilha.
O sexo não deve ser uma afirmação de masculinidade ou de feminilidade muito menos do nosso ego. Pelo contrário, ele é antes uma diluição da nossa sexualidade. É uma entrega do homem à mulher e vice-versa. Sexo é a parte mais sublime de duas pessoas que se amam. É algo que quanto mais damos mais ficamos preenchidos.
Essa época que estamos vivendo fala-se muito de sexo e pouco de amor. Obcecados pela eficiência em nossos trabalhos descartamos as relações humanas de tudo o que nos parece supérfluo e perda de tempo e de "recursos". Não há tempo a perder, temos de ir direto naquilo que nos interessa.
Assim, os relacionamentos foram deixados de lado por pessoas que só fazem perder tempo, dinheiro e paciência – sobretudo aos homens. Se não temos tempo a perder com outras coisas da vida porque não ir direto ao que “interessa” num parceiro (a) que sentimos uma grande atração? Ou seja, sexo! Afinal, não sabemos muito bem que é isso que os homens procuram por trás de uma dissimulação bem argumentada?
Estamos vivendo em uma sociedade sem amor e sentimentos. Uma sociedade não de pessoas, mas de máquinas. Uma sociedade medíocre....e de sexo!
Carlos Marques