AI... AI... AI... BRASIL!!!
Foi sempre assim: todo início de copa a Itália, a Argentina, a Alemanha e a França começam tropeçando para então ganhar ritmo, escorada nos parcos resultados. O que vi até agora não passou disso, excetuando a discreta competência da Alemanha com seu futebol burocrático demonstrando estar evoluindo para um futebol de competição coletiva e não simplesmente a cata de construir resultados, eliminando um adversário sem expressão. Foi como se estivesse um gato brincando com um rato em campo, e o gato cansando o rato para desferir o golpe mortal.
Já vai longe o tempo em que esta competição tinha como motivação principal para convocação a competência dos jogadores e o patriotismo, haja vista a grande quantidade de jogadores com dupla nacionalidade para disputar a competição por outros países (cerca de 70), o que já preocupa a FIFA, desvirtuando o sentido de nacionalidade e configurando o mercenarismo.
Ainda tem o fato de se desconsiderar e desdenhar de seleções sem tradição no futebol, esquecendo-se um ponto importante nessas equipes: a maioria delas trás um trunfo há muito esquecido pelas equipes consideradas de ponta: O brio! O orgulho! A garra, por ter sido convocado para representar o País. O grande exemplo disto foi o jogo Portugal X Costa do Marfim. O dândi Cristiano Ronaldo com seus “não me toques” desprezando os jogadores adversários e quando estes tocavam nele, apelava para o juiz como se estivesse cobrando do árbitro: fui o melhor do mundo. Não admito que ninguém encoste em mim. O jogo parecia no início o gato tentando pegar o rato, porém acabou sendo o gato sufocado pelo rato.
Falando em patriotismo, ainda está na minha lembrança a imagem daquele jogador de número 9 da Coréia do Norte cujo nome não me recordo, que chorava copiosamente durante a execução do Hino Coreano. E vale lembrar que ele nem é coreano de nascença e sim japonês com cidadania coreana. Digam-me se aquilo não é patriotismo. Enquanto isso durante a execução do Hino Brasileiro nossos mercenários se posicionavam displicentemente, alguns calados e outros fazendo mímica fingindo que cantavam o Hino. Acredito que durante a execução do Hino Nacional Brasileiro eles calculavam mentalmente quanto iriam ganhar em dólares com a conquista da copa, sem se preocupar com os míseros mortais que aqui no Brasil se desdobram em enfeitar cada pedaço de parede e rua e torce para a vitória da nossa Seleção.
Torci, sim, como todo brasileiro, porém não acho que a nossa seleção vá longe. O que ainda me permite um fio de esperança é a qualidade das outras equipes até agora, abaixo das expectativas. Quem me conhece pode testemunhar que já antecipei os resultados dos três jogos. Falei e falo que o primeiro seria uma vitória apertada contra a Coréia do Norte (quase acertei o placar - falei que seria 2X0), já contra a Costa do Marfim, atrevo-me a adivinhar um resultado de empate: 1X1, e por último, ando falando que contra Portugal será derrota de 1X0, decretando a bisonha passagem de uma seleção que se reúne a menos de um mês para disputar uma competição importante como a copa do mundo.
Futebol é conjunto, entendimento entre os jogadores, e como se consegue isso? Com muito... muito treinamento. Como acreditar que um grupo que, em que pese o valor individual de cada um, vá conseguir realizar a façanha de conquistar uma copa do mundo, sem ter tido tempo suficiente de treinar e se entrosar? Acredito pouco nisto.
É lamentável saber que o principal critério para convocação dos nossos jogadores é a vinculação deles com os principais patrocinadores da Seleção, pois quem não tem vínculo com os patrocinadores da CBF fica relegado a uma pífia esperança de ser convocado. Vamos em frente e queira Deus que eu esteja enganado.
*Este texto está protegido por lei. Reservados os direitos autorais.
Proibida a cópia ou a reprodução sem minha autorização.
Visite o meu site: www.ramos.prosaeverso.net
http://www.poetasdelmundo.com/verInfo_america.asp?ID=3203
Foi sempre assim: todo início de copa a Itália, a Argentina, a Alemanha e a França começam tropeçando para então ganhar ritmo, escorada nos parcos resultados. O que vi até agora não passou disso, excetuando a discreta competência da Alemanha com seu futebol burocrático demonstrando estar evoluindo para um futebol de competição coletiva e não simplesmente a cata de construir resultados, eliminando um adversário sem expressão. Foi como se estivesse um gato brincando com um rato em campo, e o gato cansando o rato para desferir o golpe mortal.
Já vai longe o tempo em que esta competição tinha como motivação principal para convocação a competência dos jogadores e o patriotismo, haja vista a grande quantidade de jogadores com dupla nacionalidade para disputar a competição por outros países (cerca de 70), o que já preocupa a FIFA, desvirtuando o sentido de nacionalidade e configurando o mercenarismo.
Ainda tem o fato de se desconsiderar e desdenhar de seleções sem tradição no futebol, esquecendo-se um ponto importante nessas equipes: a maioria delas trás um trunfo há muito esquecido pelas equipes consideradas de ponta: O brio! O orgulho! A garra, por ter sido convocado para representar o País. O grande exemplo disto foi o jogo Portugal X Costa do Marfim. O dândi Cristiano Ronaldo com seus “não me toques” desprezando os jogadores adversários e quando estes tocavam nele, apelava para o juiz como se estivesse cobrando do árbitro: fui o melhor do mundo. Não admito que ninguém encoste em mim. O jogo parecia no início o gato tentando pegar o rato, porém acabou sendo o gato sufocado pelo rato.
Falando em patriotismo, ainda está na minha lembrança a imagem daquele jogador de número 9 da Coréia do Norte cujo nome não me recordo, que chorava copiosamente durante a execução do Hino Coreano. E vale lembrar que ele nem é coreano de nascença e sim japonês com cidadania coreana. Digam-me se aquilo não é patriotismo. Enquanto isso durante a execução do Hino Brasileiro nossos mercenários se posicionavam displicentemente, alguns calados e outros fazendo mímica fingindo que cantavam o Hino. Acredito que durante a execução do Hino Nacional Brasileiro eles calculavam mentalmente quanto iriam ganhar em dólares com a conquista da copa, sem se preocupar com os míseros mortais que aqui no Brasil se desdobram em enfeitar cada pedaço de parede e rua e torce para a vitória da nossa Seleção.
Torci, sim, como todo brasileiro, porém não acho que a nossa seleção vá longe. O que ainda me permite um fio de esperança é a qualidade das outras equipes até agora, abaixo das expectativas. Quem me conhece pode testemunhar que já antecipei os resultados dos três jogos. Falei e falo que o primeiro seria uma vitória apertada contra a Coréia do Norte (quase acertei o placar - falei que seria 2X0), já contra a Costa do Marfim, atrevo-me a adivinhar um resultado de empate: 1X1, e por último, ando falando que contra Portugal será derrota de 1X0, decretando a bisonha passagem de uma seleção que se reúne a menos de um mês para disputar uma competição importante como a copa do mundo.
Futebol é conjunto, entendimento entre os jogadores, e como se consegue isso? Com muito... muito treinamento. Como acreditar que um grupo que, em que pese o valor individual de cada um, vá conseguir realizar a façanha de conquistar uma copa do mundo, sem ter tido tempo suficiente de treinar e se entrosar? Acredito pouco nisto.
É lamentável saber que o principal critério para convocação dos nossos jogadores é a vinculação deles com os principais patrocinadores da Seleção, pois quem não tem vínculo com os patrocinadores da CBF fica relegado a uma pífia esperança de ser convocado. Vamos em frente e queira Deus que eu esteja enganado.
*Este texto está protegido por lei. Reservados os direitos autorais.
Proibida a cópia ou a reprodução sem minha autorização.
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