Felicidade e destino
Sempre temos a curiosidade pelo pensamento alheio e queremos saber para quem tiram o chapéu. Eu tiro o chapéu ao destino. Quem ainda não passou por fatos na vida onde o destino foi o único fator responsável?
Estamos cansados de ler sobre os que escaparam de acidentes de avião ou do Onze de Setembro, ou ainda de um simples acidente em parques de diversão. Contra os grandes acontecimentos da vida não temos rédeas.
Refleti sobre isso e percebi que criamos problemas no dia a dia perfeitamente dispensáveis, pois já nos basta o que está “escrito” pelo destino. Vamos, pois, valorizar e tirar proveito do que nos acontece de bom e administrar o que acontece de “menos bom”.
Nossa sociedade já aceitou que nenhum relacionamento deve ser até que a morte os separe. Um casal se conhece, conclui que são, no momento, dois em um: perfeito relacionamento, felicidade pela presença, interesses semelhantes e tudo se encaixa como deveria. O que impede de viverem esse momento? As neuras sobre o que o destino tenha preparado para eles e o medo de não dar certo. Medo de interferência de parentes; de que algum se destaque profissionalmente; que tenha amigos com muita afinidade; medo de traição; de ser sufocado pelo egoísmo futuro.
Todos os medos que nos atrapalham para viver o presente, na vida afetiva ou não, são infundados no sentido que, afora o destino, tudo pode ser mudado. Tudo pode ser remediado, tudo pode ser restaurado, inclusive a felicidade. Basta para isso dar valor ao momento presente, ao invés de ficar lamentando “como era verde meu vale....” Há outros vales verdes e o antigo já é passado. Se não está verde agora, é preciso procurar o motivo e modificá-lo. Está em nossas mãos. O destino cuida de outras coisas.