NUNCA ACERTO

Outro dia fui para uma reunião em São José dos Campos logo cedo. A manhã estava um tanto fria, mas linda e ensolarada. Pus um casaquinho achando que logo mais esquentaria e assim estaria bem, principalmente quando voltasse ao meio dia. No caminho, porém, nuvens cobriram o céu e lá se foi o meu solzinho... Passei horas encolhida numa sala gelada! E voltei pela estrada com os vidros do carro quase fechados.

Hoje, novamente reunião naquela cidade. Quando levantei, o termômetro aqui de casa marcava oito graus. Já imaginam o que fiz, não é? Encapotei-me toda, com cachecol e tudo, inclusive botas, como se estivesse na Europa. Só não fui de luvas. Tanto no caminho como lá fez frio. Terminados os trabalhos, algumas colegas me convidaram para almoçar e ao sairmos do prédio, surpresa... O sol brilhava forte, tinha esquentado pra caramba!

É aqui pertinho, as meninas disseram, vamos caminhando. Por sorte deixei o casaco por lá. Começamos a andar, andar e nada de chegar... Ao entrar no restaurante cheio de gente, eu já sentia bastante calor. Tirei uma das malhas. Depois de comer, meu rosto ficou afogueado. Nada mais podia tirar, a blusa de gola alta, de lã, era a última...

A caminhada de volta foi mais difícil ainda, pois além daquele calorão, minhas botas tinham salto alto... Ainda bem que agora vou sentada, pensei. Contentinha, abri a porta do carro e entrei.

Viajei quarenta e cinco minutos dentro de um forno!

Aceso...